Quando o árbitro apita para o início de cada encontro, o rosto de Elder Santana fecha-se, enrijece, demonstra que está pronto para a luta. “É por ser competitivo”, justifica, entre sorrisos, o avançado brasileiro, satisfazendo a curiosidade dos adeptos da AD Sanjoanense, que, como se vê, não deixam passar nada.

O atacante, que leva oito golos pelo conjunto de São João da Madeira na presente temporada, confessou, numa sessão de perguntas e respostas com os fãs alvinegros, que “todos os jogadores sonham em jogar na Europa”, tendo essa sido uma das razões para que, no último verão, tenha decidido atravessar o oceano Atlântico para vestir a camisola da AD Sanjoanense. “Isso seduziu-me de uma forma especial, ainda para mais tratando-se de um clube tão profissional quanto este, que expõe muito os jogadores”, disse.

Ali “foi montada uma família”, já que “os jogadores estão completamente comprometidos” com o clube. “Tenho muito a ganhar aqui e espero contribuir para o crescimento da Sanjoanense. Não tem como não ser feliz aqui”, confessou, ainda para mais quando, dentro de campo, os motivos para celebrar têm sido frequentes. No caso de Elder Santana, o golo apontado ao Lusitânia de Lourosa, de pontapé de bicicleta, foi o melhor até agora, admitiu aos adeptos.

Para trás ficaram os anos passados no Brasil, marcados pela estreia no Brasileirão, com a camisola do Atlético Mineiro. A seu lado tinha Ronaldinho, “um ídolo do futebol mundial e uma grande pessoa”. “Espero que passe rapidamente este momento delicado”, acrescenta Santana, em alusão à detenção do antigo internacional brasileiro no Paraguai.

Diferenciando o futebol brasileiro do europeu pelas diferentes doses de técnica e de tática que cada um tem, o goleador aconselha os mais novos “a acreditarem no sonho e a serem perseverantes e persistentes”, pois “o caminho para poder ser profissional de futebol não é fácil, mas vale a pena”. Por falar em conselhos, Elder Santana apela a que todos permaneçam em casa nos próximos tempos, devido à pandemia da Covid-19. “É difícil mas necessário, para que isto passe o mais rápido possível. Acaba por ser um momento em que podemos ficar mais perto dos nossos familiares”, remata.

Fotografia
Associação Desportiva Sanjoanense