Bola Mágica trouxe "um desenvolvimento enorme" aos jovens do Polo Escolar de Rossas

Cerca de um mês depois do seu início, o projeto Bola Mágica é já um caso de sucesso no Polo Escolar de Rossas. Quem o garante é Pedro Pinho, professor responsável pela sua implementação naquela instituição de ensino de Arouca, que sublinha “uma diferença muito grande” notada nas crianças abrangidas pela iniciativa, que diz ser “excelente”.

“Eu já sou professor de Atividades Extra-Curriculares (AEC’s) há muitos anos e sempre achei que devíamos aumentar o número de horas de educação física, porque uma hora por semana, apenas, é pouco. Para que os miúdos se desenvolvam e tenham outro rendimento é preciso, no mínimo, duas horas por semana”, explica o docente, garantindo que “estas meninas e estes meninos estão muito mais recetivos a tudo aquilo que lhes mostramos e aos exercícios que lhes propomos”.

Em declarações à AFA TV, Pedro Pinho salienta ter ficado “muito feliz” ao perceber “o que era realmente a Bola Mágica e quais eram as intenções da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)”.

“O projeto é uma mais-valia. Eu sou de Vale de Cambra e sempre tivemos aqui educação física, mas não fazia ideia de que havia concelhos no país sem a disciplina nas AEC’s”, sustenta, vincando que no Polo Escola de Rossas a iniciativa “está a correr muito bem e nota-se muito a evolução das meninas e meninos”.

“Nestas idades, eles têm muito interesse na atividade física. Quanto mais atividade física, para eles, melhor. Eles adoram a aula de educação física, estar ao ar livre e praticar desporto. Não tenho um que diga que não gosta ou não quer”, destaca o professor, alertando porém para as dificuldades que foi registando entre os jovens no passado recente.

“Há 10/15 anos atrás, quando dava uma aula de futebol, preocupava-me mais em estar perto das raparigas, porque os rapazes, em princípio, já sabiam mais sobre a modalidade. Hoje em dia, não sabem. Antigamente havia um ou outro com menos jeito para a prática, mas hoje é impressionante. Não sei se foi pelos dois anos de pandemia ou se é porque as meninas e meninos estão mais fechados. Eu acredito que é pelas duas coisas. Brinca-se menos. É uma das coisas que digo aos professores das escolas primárias em que dou aulas: há que investir em material e, se não dão educação física, devem deixar os miúdos brincar nos intervalos com esse material”.

Agora, assegura, a perceção é diferente. “Nota-se muito no domínio e condução de bola, no passe e receção. Nota-se uma evolução muito grande, não só no futebol, como nos outros exercícios que fazemos”, aponta Pedro Pinho sobre as melhorias promovidas pelo projeto Bola Mágica.

"Espero que a FPF tome conta das AEC’s a nível nacional e que seja ainda mais ambiciosa do que é agora. Acho que o projeto vai ter futuro e vai ao encontro daquilo em que sempre acreditei: as AEC’s servem para retirar as meninas e meninos da sala de aula e, de preferência, com atividade física”, conclui.

8 de Fevereiro de 2023
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