O regresso às vitórias do Fiães SC no Campeonato SABSEG (2-1 frente ao SC Fermentelos), embelezado com um belo golo, de chapéu, apontado por Pedro Freitas, permitiu à equipa ganhar outro conforto na titânica luta pela manutenção na Elite de Aveiro. A sorte, ou a falta dela, tem impedido os fianenses de descolarem da zona perigosa da tabela, lamenta o goleador, que acredita num final feliz para esta história: “Não tenho qualquer tipo de dúvida de que o Fiães se vai manter”.

Passava mais de um mês desde a última vitória no campeonato, até que Pedro Freitas, com dois golos em pouco mais de meia hora frente ao SC Fermentelos, voltou a deixar o Estádio do Bolhão a fervilhar, expectante por um resultado que desse à equipa uma folga maior na fuga aos lugares incómodos da tabela.

O segundo golo dos fianenses foi um daqueles momentos para mais tarde recordar. Uma jogada coletiva bem definida por Príncipe, que com um passe de rutura deixou Pedro Freitas na cara do golo. A finalização, um chapéu perfeito ao guarda-redes do SC Fermentelos, esteve à altura do momento, mas ficou, ainda assim, um pouco aquém do golaço que assinou, no mesmo palco, no recente empate com a AD Ovarense. “Esse foi o meu melhor golo esta época”, assume o avançado.

Numa temporada em que “a pressão tem sido tanta que não dá tempo para pensarmos em nós, é sempre a pensar no grupo”, Pedro Freitas lamenta a recente sequência de jogos, frente a AD Ovarense, FC Cesarense e CD Estarreja, em que o Fiães SC viu a vitória fugir-lhe bem perto do fim. “A equipa já prometia vencer há muito tempo. Temos trabalhado muito e tem sido muito injusta a maneira como temos perdido pontos ultimamente”, sente.

Frente ao SC Fermentelos, a equipa foi capaz de segurar a “confortável” vantagem de dois golos com que chegou ao intervalo, vendo nisso “o clique que faltava para ver se isto muda”. “A posição em que estamos nem de perto demonstra a qualidade da nossa equipa. A manutenção sempre foi o objetivo, é um facto, mas não para ter de lutar até ao fim por ela, como vai ser. Também há muita qualidade no campeonato, mas acabamos por estar uns furos acima da maior parte das equipas que estão a lutar pela manutenção”, acrescenta o jogador.

Num grupo “muito jovem”, a experiência pode ajudar a explicar o trajeto da equipa no Campeonato SABSEG. “Não é uma questão de qualidade, mas de maior frieza e calma. Sinto a equipa muito ansiosa e estamos a pagar a fatura disso”, nota Pedro Freitas, que vai a caminho da terceira época consecutiva a chegar, pelo menos, aos 15 golos.

A atual temporada tem a particularidade de ser a sua primeira no Campeonato SABSEG, uma competição “competitiva”, que decidiu experimentar pelo “convite do presidente do Fiães e pelas grandes condições do clube”, que vê como “um dos melhores do país, a competir no distrital, ao nível das infraestruturas”.

Fotografia
Objectiva Sport