Apesar da longa viagem até Beja e das dificuldades inerentes a uma pré-época mais precoce do que o habitual, que levou a que alguns atletas apenas tenham cumprido um treino antes do primeiro jogo oficial, o Pigeirense venceu o Povoense (4-2) e atingiu as meias-finais da Taça Nacional do Inatel. Carlos Daniel e Luís Santos, os habituais artilheiros da equipa, bisaram e selaram o apuramento.

Foram cinco horas de autocarro para cada lado, entre Pigeiros e Beja, acompanhadas por um calor intenso, nada que um “bom grupo” não consiga suportar. “Saímos cedo, mas passou-se bem”, resume Luís Santos, para quem o facto de o clube ter mantido grande parte da estrutura do ano passado e de os jogadores se conhecerem bem ajuda a enfrentar um início de temporada exigente.

É que, com a presença na Taça Nacional do Inatel, na qual participam os vencedores das taças distritais da época passada, “houve pessoal que só treinou uma vez antes do jogo” com o Povoense, o que torna tudo mais complicado.

“É quase como uma pré-época para nós, mas entrámos nisto para ganhar”, garante o médio, de 29 anos, que leva nove temporadas consecutivas no Pigeirense. “Fui ficando pelo grupo de amigos e porque é a única forma de conciliar o trabalho com o futebol”, explica Luís Santos, autor de dois golos no triunfo do último sábado, em Beja.

“Foi um jogo bem conseguido da nossa parte. Depois da expulsão de um jogador nosso, eles marcaram por duas vezes, mas o nosso quarto golo matou o jogo”, conta o centrocampista, habituado a fazer o gosto ao pé por diversas vezes ao longo de cada época. “Tenho sido sempre o segundo melhor marcador da equipa”, logo atrás do matador Carlos Daniel, aponta.

Segue-se a visita ao campeão nacional em título, o Inter de Fradelos, no próximo sábado. “Nunca os vi jogar, mas penso que têm uma boa equipa. Temos a nossa identidade, não pensamos nas outras equipas. Vamos lá para ganhar”, garante Luís Santos.

Fotografia
CCD Pigeirense