Na juventude, o cabelo valeu-lhe um apelido que não mais largou, mesmo que o penteado, hoje, seja bem mais discreto. Nuno Oliveira, Witsel nos campos da Liga de Futebol do Inatel de Aveiro, é um goleador com pergaminhos e vai ajudando Os Arrifanenses na busca pela glória na atual temporada, seja pela via do campeonato ou da taça.

O avançado chegou tarde ao futebol. Com 18 anos, juntou-se à equipa do Vale, que competia no Inatel, e o estilo capilar valeu-lhe, de pronto, o nome pelo qual ainda hoje é conhecido. “Quando comecei a jogar futebol, tinha o cabelo semelhante ao do Witsel, que na altura jogava no Benfica. Desde aí ficou esse nome”, conta o atleta, hoje com uma imagem menos… extravagante. “O cabelo, agora, não tem nada a ver. Na altura até achava piada, jogava para o estilo, mas já não gosto de andar com aquele cabelo”, atira, por entre sorrisos.

Ao contrário do craque que lhe valeu a alcunha, Witsel jogou sempre como avançado. Depois da experiência no Vale, decidiu experimentar os distritais de Aveiro. Mudou-se para o Romariz, mas as coisas não correram muito bem e acabou por voltar ao Inatel. “Mantive-me por cá porque não tenho vida para mais. Tenho a família como prioridade, e o futebol é um hobby”, assume o atacante, hoje com 25 anos, ele que, há duas épocas, regressou aos Arrifanenses depois de uma experiência no Reguenga Palhota.

Apesar de a bola ser, sobretudo, um passatempo, Witsel faz por dar nas vistas dentro das quatro linhas. Leva oito golos esta temporada, menos cinco do que em toda a edição passada, um registo que o satisfaz, mas que está longe daquele que apostou com os companheiros de equipa no início da época. “Tinha dito aos meus colegas, em jeito de brincadeira, que a minha meta era 20 golos, um por cada jogo no campeonato. Até fiz apostas com eles, mas estou longe disso”.

Um arranque em falso, “com dois ou três empates”, não ajudou, e atrasou a equipa na corrida pelo primeiro lugar do Grupo B. A seis pontos do líder Pigeirense, os Arrifanenses ainda não perderam a esperança em alcançar o primeiro lugar, mas jogam em dois tabuleiros na corrida pela glória. “No início de cada jogo a palestra passa por ganharmos e pressionarmos o Pigeirense. Depois, um dos grandes objetivos é vencer a Taça. Vemos nela outro caminho para conseguirmos um lugar de prestígio. Vencer a Taça seria bom para o clube”.

Na última jornada da Liga de Futebol do Inatel de Aveiro, Witsel bisou no triunfo, por 6-1, diante do Manhôce. “Foi um jogo de sentido único. Só deu Arrifanenses”, uma constante nos desafios em casa. “Todas as equipas que jogam em nossa casa sentem mais dificuldades, porque o campo é maior do que o normal. Como estamos habituados, aproveitamos esse facto”.

Lavandeira volta a isolar-se no Grupo A
Marcelo, Zé Miguel, Marcelo Brito e Dioguinho completaram a goleada dos Arrifanenses, que seguem na perseguição ao líder do Grupo B, o Pigeirense. O conjunto de Pigeiros derrotou o Fidec por 6-0, com golos de Carlos Daniel, que bisou, Henrique, Paulinho, Rui Antunes e Telminho.

Já o Reguenga Palhota, terceiro classificado, foi surpreendido pelo Salreu, que venceu por 5-0, marcaram Reis, Mouro, Xano, Costela e Xico Miranda.

Rêgo e Carqueijo empataram a uma bola, enquanto o Real da Praça levou de vencida os Leões do Monte, por 3-1. André Almeida apontou o tento de honra dos oliveirenses.

No Grupo A, o Lavandeira recuperou a liderança isolada, depois de ter vencido na casa do Talhadas, por 2-1, com golos de Bruno Martins e Ricardo Ferreira.

Ao triunfo dos sanjoanenses junta-se o empate caseiro do Nadais diante do Travanca. Katrina e Anthony Borges, respetivamente, marcaram os golos da partida.

A jogar em Mozelos, o Hyppies FC suou para vencer por 3-2, valendo-lhe os remates certeiros de Rui Santos, Capé e Sales. Igualmente pela margem mínima foi a vitória do Pessegueiro diante da ADRAV. 2-1 foi o resultado, construído por Fábio e Tigas, com Paulo Xará a reduzir pelos sanjoanenses.

A fechar, nota para a vitória, por 1-0, do Nariz na casa do Real. Simões foi o autor do único golo da partida.

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