Esta época, não estava fácil para Tiago Tavares se estrear a marcar. Os colegas de trabalho já se metiam consigo pela momentânea crise de golos, mas o avançado acabou por dar uma resposta no último fim de semana, ao apontar os dois tentos que permitiram à ADC Sanguedo afastar o SC Carqueijo da Taça de Aveiro PECOL Powertools. “Estamos com muita vontade de fazer mais e de levar o clube a outros patamares”, assume o avançado, que reencontrou o técnico José Neves em Sanguedo. “Era o que precisávamos”, acredita.

Para já, o clube do concelho de Santa Maria da Feira tem feito da taça o seu palco principal. Se na 2.ª Divisão Distrital ainda procura a primeira vitória, na prova a eliminar as coisas não lhe poderiam estar a correr melhor, sendo, para já, a única equipa do terceiro escalão aveirense apurada para a 4.ª eliminatória, a primeira que terá clubes do Campeonato SABSEG em jogo. “A taça é uma maneira de promovermos o clube. Depois, também temos alguns jovens com muita qualidade e esta pode ser uma montra para eles”, refere Tiago Tavares, que deu o exemplo no encontro do último domingo.

O avançado, de 27 anos, bisou na vitória por 2-0 da ADC Sanguedo diante do SC Carqueijo, um resultado que se ajusta, diz. “Depois de fazermos o 1-0 baixámos um bocado as linhas, mas criámos perigo em contra-ataque e, no final da primeira parte, acabámos por fazer o segundo. A segunda parte foi toda nossa. Tivemos quatro ou cinco oportunidades, mas não marcámos”, resume.

O apuramento para a próxima eliminatória da Taça de Aveiro PECOL PowerTools fez elevar o moral de uma equipa que tem como principal objetivo lutar pela subida à 1.ª Divisão Distrital, apesar de não ter vencido nenhum dos dois jogos que disputou até ao momento na zona Norte da 2.ª Divisão. “Possivelmente, jogámos contra aqueles que vão lutar pelo nosso objetivo”, analisa Tiago Tavares, para além de que “havia coisas a acertar e jogadores que foram entrando na equipa”, nos primeiros meses da época.

“Tivemos de adaptar os novos jogadores e mudar mentalidades. Começámos um bocado mal, mas estamos encarreirados e tenho a certeza de que vamos ganhar várias vezes até ao fim”, acredita o atacante, que reencontrou no clube o técnico José Neves, com quem subiu, há duas épocas, ao Campeonato SABSEG pelo Canedo FC. “Conheci o mister em Sanguedo, quando ainda era adjunto. Quando ele começou a treinar seniores convidou-me para o projeto do Canedo. Correu muito bem e subimos de divisão. Este ano, temos tudo para sermos felizes. Sei bem qual é a maneira do mister pensar e trabalhar. Era o precisávamos em Sanguedo”, defende.

Fotografia
Associação Desportiva e Cultural de Sanguedo