Rita Silva e o desafiante processo de adaptação à baliza do Novasemente/Cavalinho

O Novasemente/Cavalinho conquistou a segunda vitória consecutiva na fase de apuramento de campeão da 1.ª Divisão Nacional de futsal feminino, ao derrotar o Vermoim por 3-0. Além do triunfo, a equipa de David Lopes manteve a baliza inviolável pela segunda jornada consecutiva, registo para o qual muito contribuiu a prestação da guarda-redes Rita Silva, recentemente promovida da equipa júnior.

Com apenas 18 anos, a guardiã assumiu a titularidade no Novasemente/Cavalinho nos últimos quatro jogos do campeonato, ao longo dos quais confessa ter sentido “a pressão de estar num patamar bem mais elevado”. “Os primeiros jogos foram os mais complicados, porque ainda sou júnior e não conhecia a realidade de estar na “quadra” num jogo da 1.ª Divisão Nacional. Foi um processo de adaptação que julgo estar concluído”, afirma.

Para além de um novo campeonato, a guarda-redes também teve de lidar com a reformulação da equipa espinhense, “devido à mudança de treinador e à entrada e saída de jogadoras”. “A fase inicial não foi muito boa. Sentia que as jogadoras ainda se estavam a conhecer e os adversários também nos causaram muitas dificuldades”, explica, considerando que “as duas últimas vitórias são uma lufada de ar fresco”. “Além disso, dão-nos uma perspetiva mais animadora. O mais complicado foi recuperar dos jogos maus. Levantámos a cabeça e estamos melhor psicologicamente”, sublinha.

No entanto, Rita Silva alerta para o próximo desafio do Novasemente/Cavalinho, não escondendo que a equipa pode tirar partido de uma motivação adicional perante o principal candidato à conquista do título nacional. “Será certamente um teste difícil, porque o Benfica é a equipa com mais qualidade no campeonato. Apesar disso, também nos dá mais motivação. Não temos medo de nada. Será um jogo decidido nos detalhes, e é por isso que temos de estar fortes em todos os momentos. Acima de tudo, será um prazer jogar a um grande nível”, confessa.

Até chegar ao patamar mais elevado do futsal nacional, Rita Dias chegou a jogar em posições mais adiantadas no terreno, mas a falta de uma guarda-redes na Casa FC Porto de Rio Tinto, clube pelo qual se federou pela primeira vez, deu-lhe a oportunidade de experimentar uma posição com a qual se identificou de imediato. “Aquilo que parecia ser uma situação apenas para desenrascar acabou por ser uma certeza para mim. Também tive os incentivos dos treinadores, o que foi importante para ir ganhando confiança na baliza”, conta, ela que viria a jogar duas épocas no Gondomar antes de rumar ao Novasemente/Cavalinho, clube pelo qual pretende conquistar títulos.

“Foi um trajeto de crescimento, sempre a adaptar-me às equipas seniores. Tudo isso fez-me perceber que, se quiser competir ao mais alto nível, tenho de trabalhar sempre com muita consistência, sem baixar a guarda. Acredito que é dessa forma que posso vir a cumprir os meus sonhos de chegar à Seleção nacional e de ser campeã pelo Novasemente”, conclui.

Fotografia
Nuno Vasconcelos

17 de Março de 2021
Vítor Hugo Carmo
geral@afatv.pt
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