Olho Clínico: A visão de José Alexandre Silva sobre o Campeonato SABSEG

Foram três os grandes destaques na décima jornada do Campeonato SABSEG: a primeira derrota da Ovarense às mãos de uma exibição de nível elevado de João Figueiredo e do “seu” Fermentelos; a primeira vitória – e logo na casa do Recreio de Águeda – do Esmoriz; a goleada do Oliveira do Bairro frente ao Alba, por 6-1.

Do primeiro momento, a derrota do líder é destaque mas não é totalmente surpreendente, tendo em conta ter sido em Fermentelos – num campo tradicionalmente difícil – e contra uma equipa no melhor momento da época. Três pontos importantes para Rui Valente, que leva os “pimpões” para um sexto lugar de muitíssimo mérito. Já o Esmoriz conseguiu finalmente ganhar, mas o facto de ter sido em Águeda desperta mais emoções. O grupo às ordens de Pedro Alves tinha mostrado, frente ao União de Lamas, que se sente mais confortável em jogar quando ninguém espera que ganhe. Quanto ao Oliveira do Bairro, que enorme vitória! Que trabalho incrível do mister Zé Carlos, que, pé ante pé, tem mostrado competência e qualidade nos Falcões. O sétimo lugar é bem merecido.

Depois da derrota, certamente que a Ovarense não quereria, logo de seguida, encontrar o melhor Lobão pela frente. O quinto lugar é demonstrativo da qualidade do plantel e do trabalho da equipa técnica liderada pelo mister Miguel Rapinha, alicerçado em dezassete pontos nos últimos sete jogos. É, sem qualquer dúvida, um jogo de resultado incerto.

No confronto de candidatos, o União de Lamas – que com Fernando Pereira no comando técnico tem três vitórias consecutivas – recebe o Sporting de Espinho. Mais do que um duelo entre dois históricos, este jogo é fundamental para as aspirações das duas equipas. É um jogo que vale mais do que os três pontos. Vale confiança redobrada e a possibilidade de, pelo menos, manter as distâncias para a liderança.

O jogo entre Canedo e Paços de Brandão também tem muitos motivos de interesse, assim como o duelo entre dois dos principais derrotados da jornada anterior, o Alba, que pode ter vantagem no fator casa, e o Águeda. A melhor forma de se avaliar o caráter é como se reage à adversidade, seja perder em casa pela margem mínima, quando se esperava uma vitória clara; ou ser goleado em casa de um “igual”. Têm a palavra os dois grupos de trabalho.

17 de Novembro de 2023