Neves Coelho em entrevista de lançamento da nova temporada: "A AFA não pára"

Depois de uma época exigente, de que forma encara a Associação de Futebol de Aveiro (AFA) a temporada 2023/2024?
A AFA não pára. Ainda há uma semana acabou a última época desportiva e já estamos a trabalhar na próxima, que já está em marcha. Como é do conhecimento geral acabou de ser publicado, no passado dia 7, o Comunicado Oficial n.º 1 com vista à regularização de todas competições da próxima época desportiva, que se espera que decorra dentro da maior das normalidades e, acima de tudo, que todos os clubes possam atingir os seus objetivos de acordo com os seus quadros competitivos, respeitando sempre os princípios basilares do desporto e em especial do futebol, futsal, futebol de praia e walking football.

A próxima temporada traz uma alteração profunda no modelo competitivo do Campeonato SABSEG. Que peso isso terá na competição?
As consequências dos efeitos da Covid-19 implicaram alterações forçadas nos modelos de competição de alguns dos campeonatos, como foi o caso do Campeonato SABSEG. Naturalmente, não era isto que pretendíamos, mas fomos obrigados a fazê-lo. Agora, com o regresso da normalidade e com o campeonato a disputar-se numa única série, estamos convictos de que o campeonato principal da AFA vai continuar a ser uma referência nacional pelo seu nível e pela sua grande competitividade.

Após uma fase complicada, devido à pandemia, de que forma a AFA vem apoiando os clubes?
Ultrapassada a fase da pandemia, que mereceu à data apoios financeiros extraordinários e significativos por parte da AFA, temos, atualmente, uma nova realidade alicerçada no programa da FPF “Crescer 2024”, baseado estruturalmente em quatro pilares. Mediante as respetivas candidaturas dos clubes, estes poderão passar a beneficiar diretamente de verbas entregues pela AFA vindas da FPF. Ora, naturalmente que a AFA estará ao lado dos seus clubes para que estes possam efetivamente beneficiar destas quantias. Para o efeito, preparamos uma equipa de colaboradores na AFA devidamente habilitados para esclarecerem e ajudarem os nossos clubes que, querendo-o, possam efetuar as suas candidaturas. Podemos afirmar, nesta data, que a AFA se encontra em condições de serem creditados nos clubes os valores referentes aos pilares 1, 2 e 4, relativamente à época 2022/2023, na quantia total de 74.100 euros. Esses valores irão ser refletidos nas suas contas.

Estamos em ano de centenário da AFA. O que está a ser preparado para marcar a data?
Conforme referimos anteriormente, atendendo à importância do simbolismo da data, vamos criar uma Comissão do Centenário com vista a que este acontecimento seja marcante não só para a AFA mas também, e acima de tudo, para todos os seus clubes. De entre muitas iniciativas que estarão já idealizadas podemos, desde já, destacar que na próxima época desportiva foi adjudicado pela FPF a organização do maior Torneio de Futebol de formação masculino do país, o “Lopes da Silva”, que se irá realizar no distrito de Aveiro. Naturalmente que isto é mais uma prova do reconhecimento da grande capacidade organizativa da AFA dada pela FPF, mas, da mesma forma, obrigará a AFA a muito mais trabalho. Na verdade, teremos cerca de 600 atletas a competir no torneio, representando todas as Associações Distritais. Não queremos que o centenário da Associação seja uma festa só da AFA, mas sim de todos nós, com a envolvência de todos os clubes.

Olhando para o futuro, quais os principais desafios que a atual direção terá pela frente?
Podemos dizer com toda a convicção que a AFA se encontra permanentemente envolvida em desafios, sempre na defesa dos nossos clubes. Ainda recentemente, e tal como havíamos comunicado, estamos preocupados com o aumento significativo do preço dos seguros desportivos, apesar deste seguro ser meramente opcional na medida em que os clubes podem sempre optar por um seguro de outra companhia que entendam ser mais vantajoso. O aumento da sinistralidade, com o aumento dos custos associados aos sinistros, tem representado para todas as companhias prejuízos bastantes significativos ao longo dos últimos anos que, naturalmente, acabam por se refletir no pagamento dos prémios. Aliás, esta situação é transversal a todas as Associações do país e existe, inclusive, muita dificuldade nesta data em haver companhias de seguro dispostas a assumirem estes seguros de grupo porquanto os mesmos acarretam, como referi, assinaláveis prejuízos. 
Ora, este é um problema que temos que abraçar com os nossos clubes conjuntamente. É urgente baixar a taxa de sinistralidade das competições da AFA que teve, nesta última época desportiva em Aveiro, um aumento de 148%. A Direção da AFA tem vindo a monitorizar a taxa de sinistralidade, contudo teremos que fazer muito mais. Estamos ao lado dos clubes na tentativa de minorar todos estes custos, bem como para efetuar diligências juntos dos mesmos para a diminuição da sinistralidade, propondo a realização de ações, conjuntamente com a SABSEG, com vista a sensibilizar a problemática junto dos agentes desportivos. Estão, inclusive, previstas sessões de esclarecimento a serem efetuadas com os clubes, logo no início dos campeonatos. 
Este é, na verdade, um problema de todos os clubes e nosso também. A Direção da AFA tudo fará para que os nossos clubes paguem o menos possível. Porém, não deixo de repetir que este seguro é meramente opcional na medida que os clubes podem sempre optar por um seguro que entendam ser mais vantajoso. Posso também adiantar que a AFA, tal como outras associações, já encetou diligências junto da Federação Portuguesa de Futebol para sensibilizar sobre esta problemática, com o intuito de encontrar alternativas para amenizar os custos.

13 de Julho de 2023
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