A Associação de Futebol de Aveiro (AFA) registou, entre as temporadas 2020/2021 e 2022/2023, um acréscimo de 453 atletas nas vertentes femininas de futebol e de futsal. Uma subida de quase 60% e que espelha que "a aposta que a AFA e os clubes estão a fazer no futebol e no futsal feminino está a dar resultado".

Quem o diz é Ricardo Jorge, membro dos órgãos sociais da AFA, que considera que "os números são uma demonstração clara de que as mentalidades estão a mudar".

"Achamos que sociedade já percebeu que o futebol não é uma coisa só de homens e que as mulheres também têm lugar nele", sublinha o responsável, apontando que "o caminho passa por mantermos esta linha de aposta e promoção do futebol e no futsal feminino, com a valorização diária das atletas, quer nos clubes, quer através da Associação, com as suas seleções distritais".

Aos escalões de competição, junta-se um trabalho feito "na base da pirâmide, com encontros Sub-12 e Sub-13, nos quais chamamos atletas para o contexto das seleções, da AFA, para começarmos a motivar cada vez as meninas mais para a prática", sustenta Ricardo Jorge, regozijando-se porque "o futebol e o futsal são, cada vez mais, um desporto também de mulheres".

"Nós assumimos isso como princípio base da nossa atuação", garante.

AFA destaca-se também na formação de intervenientes desportivos no feminino

Não é apenas no que às atletas diz respeito que a AFA se destaca. Em Aveiro, os números de formandas nas diferentes áreas de atuação tem subido de forma constante, o que representa, segundo Carlos Miragaia, "uma oportunidade de igualdade de género".

"Este paradigma deixa-nos muito gratos e orgulhosos", vinca o Coordenador Técnico da AFA, para quem o futuro passa por "formarmos cada vez mais mulheres, não só treinadoras e coordenadoras, mas também diretoras pedagógicas ou árbitras".

"Queremos cada vez mais igualdade de género entre os agentes desportivos", assegura, reforçando que "o desporto é para homens e para mulheres, e essa igualdade faz parte do processo".