Balanço da 1.ª Divisão Distrital por José Alexandre Silva

Esta foi a segunda época que tive o prazer de colaborar com a AFA TV na realização de crónicas sobre o campeonato da 1.ª Divisão Distrital. E fi-lo apenas com o sentido de dar valor a uma prova que, pela sua qualidade, não só merece como deve ser valorizada da mesma forma que o Campeonato SABSEG. Até porque, numa análise simples, facilmente se percebe que há muitos treinadores e jogadores que poderiam estar, facilmente, pelo menos um patamar acima.

Esta época, contudo, acabou mais cedo. Os motivos todos os conhecemos. A saúde é sempre o fator mais importante e, por isso, terminar a competição quando se tinha praticamente concluído o segundo terço da prova foi a decisão mais acertada. Tenho o privilégio de ser casado com uma interna de pediatria do Centro Hospitalar Baixo Vouga e sei, mais do que gostaria, das implicações que a Covid-19 teve, tem e terá nas nossas vidas.

Sem surpresas de maior
Não sou pessoa de análises fáceis, nem de conclusões precipitadas. Tento, sempre, ser justo no que escrevo. Como tal, para mim, sempre foi evidente que Fermentelos, Vista Alegre e Alvarenga eram os principais candidatos a subir de divisão, e que, pelo investimento feito, a LAAC surgiria no lote das equipas a ter em conta.

Não foi surpresa, ainda que com mais dificuldade do que esperava, que estas quatro equipas acabassem nos lugares de promoção, apesar de todo o trabalho e de toda a qualidade apresentada na prova pelo Paços de Brandão e pelo Valecambrense. Duas formações bem orientadas e que surgiram de peito feito na competição, mostrando que o caminho pode ser de sucesso na próxima época.

No fundo da tabela há poucas surpresas também. As dificuldades para fazer uma equipa levaram a que a ACRD Mosteirô acabasse onde acabou, mas Calvão, que foi repescado, CRAC e Geração RD estariam sempre entre os clubes a lutarem pela salvação. São Roque e Pinheirense, principalmente estas, foram as duas formações que, de alguma forma, estiveram, de alguma forma, uns furos acima do expectável.

As desilusões
O facto de não haver surpresas não quer dizer que não tenham existido algumas desilusões na competição. A primeira foi a pouca competitividade do Mourisquense. Ao plantel da formação da Mourisca do Vouga reconheço mais competência e qualidade do que o nono lugar na prova. O mesmo se poderá dizer, sem dúvida, do Mansores.

Na segunda metade da tabela também não esperava que surgissem, de forma tão vincada, o Argoncilhe e, sobretudo, do Arrifanense. Tendo conseguido, não tenho dúvidas, o principal objetivo, que passava pela manutenção, estas duas equipas foram vítimas do sucesso desportivo da época passada. Criaram expetativas de evolução que não cumpriram.

Os jogadores
Não há sucesso desportivo sem os jogadores. E este campeonato foi pródigo, em quantidade e qualidade, em praticamente todos os plantéis. Sendo injusto e parcial nesta análise, pois só me vou cingir aos melhores marcadores, arrisco-me a dizer que praticamente todos os que compõe o top 10 jogariam no Campeonato SABSEG se o quisessem. Se estiveram nesta competição, foi porque acreditaram nos projetos apresentados. E isso tem muito mérito.

Por aqui termino. Espero que se encontrem bem e com saúde. Estou sempre disponível para conversar! Alguma coisa, procurem-me nas redes sociais! Um abraço!

30 de Abril de 2020
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