Tiago Gomes vive de vitórias e quer ajudar a ACD Gião a subir de divisão

Para a ACD Gião, arrancar bem no campeonato não é propriamente uma novidade. Desde que voltou ao futsal sénior, em 2017, essa tem sido a norma da equipa do concelho de Santa Maria da Feira, uma tradição prosseguida esta época. Com um registo 100% vitorioso nas três jornadas já disputadas, é líder da 2.ª Divisão Distrital, a par da AJ Angeja, e tem o melhor ataque da prova, com uma média superior a cinco golos por jogo. “Este plantel está ciente das suas capacidades e fragilidades”, salienta Tiago Gomes, um filho da terra, que se tem destacado neste início de época pela pontaria demonstrada diante das balizas adversárias.

Para este gionense de gema, olhar para o que já se jogou nesta temporada é um exercício de convicção e de esperança. Por um lado, o ala, de 20 anos, não se mostra nada surpreendido com o bom começo da equipa no segundo escalão do futsal aveirense, “um campeonato muito difícil”, no qual a ACD Gião irá lutar pela promoção ao Campeonato Grande Hotel de Luso. “Queremos subir. Temos plantel para isso, mas ainda é muito precoce”, ou não fosse a 2.ª Divisão Distrital “uma maratona”, que obriga a manter o nível alto ao longo de largos meses. “Quem conseguir pontuar mais vai ganhá-la. Estamos bem encaminhados, mas temos de continuar a trabalhar de forma humilde”, anota.

O arranque da temporada 2020/2021 tem mostrado uma ACD Gião autoritária e insaciável no ataque às balizas contrárias. Em apenas três jornadas, leva 17 golos apontados, sendo que nunca marcou menos do que cinco golos em cada encontro que disputou. “Isso não me admira”, confessa o jogador, para quem “é o coletivo que sobressai, e os golos vão surgindo com naturalidade”. Tiago sabe do que fala. É um dos artilheiros da equipa, a par de André Sousa, com quatro golos apontados. Ainda assim, garante não ser obcecado por esse tipo de registos. “Não vivo de golos, mas sim de vitórias”, sublinha.



Tiago Gomes foi um dos jogadores que transitaram da época passada, motivado pelo projeto desportivo e seduzido pela possibilidade de continuar a jogar pelo “clube do coração”. “Admiro as pessoas que estão à frente deste projeto e o grupo em si, que é muito unido e capaz de ultrapassar qualquer obstáculo. Foi um clube que, desde o primeiro dia, nunca faltou com nada. Sinto uma enorme gratidão”, confessa, ele que jogou futebol até há dois anos. “Vamos ver até onde conseguirei chegar no futsal”, atira o jovem, que tem no irmão, Russo, e em Alex Merlim, do Sporting, os ídolos nas “quadras”.

Com o regresso da competição a vislumbrar-se no horizonte, Tiago acredita que a equipa será capaz de manter o nível exibido até aqui. “O grupo é muito forte. Todos sabem o objetivo que o clube pretende. Estamos preparados”. O desafio será exigente, numa “2.ª Divisão que é sempre muito difícil”. “No ano passado já o foi, este ano vai pelo mesmo caminho. Estamos bem, mas não sabemos o dia de amanhã”, refere, em tom de aviso. É que o campeonato ainda vai no seu início e promete ser desafiante para todas as equipas que nele participam. “Desengane-se quem pensa que este é um campeonato fácil”, reforça.

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6 de Janeiro de 2021
Rui Santos
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