Em apenas quatro jornadas, e mesmo com uma delas adiada, a AJ Angeja já somou mais pontos do que em toda a época anterior. Mais, é um dos líderes da 2.ª Divisão Distrital, a par da ACD Gião, e tem um dos artilheiros da prova, André Oliveira, que decidiu voltar ao clube para tentar ajudá-lo a reerguer-se. Sem objetivos classificativos bem definidos, o plano para esta temporada passa por consolidar uma nova ideia de jogo e manter o grupo coeso. “Mas queremos sempre resultados positivos”, avisa o ala.

Em agosto, Carlos Silva, o novo técnico da AJ Angeja, dizia ser “obrigatório” fazer melhor do que na época anterior. O último lugar que ocupava aquando do cancelamento do campeonato, devido à pandemia do novo coronavírus, e os quatro pontos que somava nessa altura teriam forçosamente de ser melhorados, mas o treinador talvez não pensasse que a equipa o consumasse de uma forma tão rápida. Ao cabo de dois jogos, a pontuação já tinha sido superada, registo que seria reforçado no último fim de semana, com o triunfo diante do CC Barrô por 3-1, que deixa o clube no topo da classificação.

O que terá mudado em Angeja para que o cenário se invertesse de forma tão radical? A um novo treinador juntaram-se alguns reforços numa equipa que “não vinha tendo classificações muito boas, algo que está na mente de toda a gente”. André Oliveira é uma das caras novas do plantel. Desde que a época arrancou, o discurso tem sido mais virado para a evolução. “O objetivo principal passa por assimilar a ideia, a tática e o estilo de jogo”, explica o ala, que acrescenta à equação a importância de se “ter uma equipa unida e coesa” para se conseguir bons resultados.

A série de três vitórias consecutivas, algo que não se via no clube desde 2018, traz confiança a uma equipa que “ainda não está como pretendemos”, assinala o jogador, mas que tem queimado algumas etapas no processo à custa dos bons resultados. “Este início de época dá-nos condições para pensarmos em mais. Se tivermos uma boa formação, os resultados vão aparecer”, acredita André Oliveira, que está de volta a uma casa que conhece bem.

Entre 2011 e 2018, vestiu a camisola da AJ Angeja, “um clube importante” para si, admite. Regressou após duas temporadas na CP Esgueira, do Campeonato Grande Hotel de Luso, onde diz ter evoluído. “Lá, o ritmo é bastante mais elevado e, a nível tático, as equipas são mais evoluídas”. Isso ajuda a explicar o arranque goleador do ala, que já leva cinco golos no campeonato. “Não estava muito à espera. É claro que fui sempre trabalhando para isso, mas penso mais na equipa do que em mim. Quero contribuir com golos para a equipa”, diz.

Ajudar a AJ Angeja “a evoluir e, quem sabe, seguir para divisões superiores” é o plano para o futuro próximo, admite, ele que se mostra contente por poder dedicar mais tempo ao futsal. “Agora é mais fácil, antigamente nem por isso, pela questão dos horários. Ainda assim, sempre deu para praticar. Às vezes com mais esforço, mas sempre deu”, remata o Engenheiro Eletrotécnico de profissão.

Dupla estreia-se a vencer
André Oliveira ajudou com dois golos ao triunfo da AJ Angeja em Barrô, por 3-1, na 4.ª jornada da 2.ª Divisão Distrital. O restante foi apontado por Rafael Bento, tendo Pedro Couto marcado o tento de honra da equipa da casa.

O emblema do concelho de Albergaria-a-Velha lidera o campeonato em igualdade pontual com a ACD Gião, que venceu por 5-0 a equipa B da AD Travassô. José Vieira e André Sousa, na primeira parte, e Tiago Gomes, Bruno Alão e Diogo Teixeira, na segunda, construíram o triunfo forasteiro.

No restante, Clube de Albergaria e Lamas Futsal AD estrearam-se a vencer na prova. Os albergarienses tiveram em Ruben Silva, que completou um “hat-trick”, o seu principal trunfo na vitória por 5-4 diante da AD Casal. Quanto aos lamacenses ganharam em Maceda por 2-1, com golos de Fábio Pereira e José Moreira. Perto fim, Ramiro Vasconcelos encurtou a margem no marcador.

De referir que as partidas Always Young-GD Novasemente e GCR Ossela B-SC São João de Ver foram adiadas.

Liga Census pára até ao final de 2020
Noutro contexto, a direção da Liga Census decidiu suspender a competição até ao final do ano de 2020. De recordar que a prova parou há sensivelmente um mês. Inicialmente, a expetativa dos seus responsáveis passava por interromper a competição durante duas semanas, mas a evolução pandémica no distrito levou ao prolongar da medida.

Fotografia
Associação Juvenil de Angeja