Jacob Gonzalez é um cidadão espanhol que deixou o seu país há cinco anos para percorrer a costa portuguesa e fazer das esculturas na areia a sua vida. É o seu único meio de sobrevivência e o Arada AC, ao saber da presença do escultor na praia do Furadouro, fez-lhe um donativo. Em “troca”, o espanhol esculpiu o emblema da formação de Ovar.

Carlos Fonseca, presidente do Arada AC, recorda que esta não é a primeira vez que o clube desenvolve uma ação solidária. Em 2019, estabeleceu uma parceria com a “Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo – Moçambique”, um projeto de educação que serviu de resposta ao ciclone Idai, que assolou aquele país africano. Através dessa parceria, o clube enviou um donativo para a aquisição de material desportivo com o intuito de promover o desporto junto das crianças e jovens das escolas do ensino primário do distrito de Nhamatanda.

“A Direção sempre partilhou a vontade de desenvolver ou associar-se a campanhas solidárias. Já o tínhamos feito com Moçambique, algo que muito nos orgulha. Desta vez, fizeram-nos chegar a história do Jacob Gonzalez, à qual não ficámos indiferentes, e decidimos ajudar”, explica Carlos Fonseca.



A última vez que Jacob Gonzalez tinha trabalhado a areia fora na praia da Nazaré, mas, em virtude da pandemia de Covid-19 e do consequente fecho das praias e das zonas ribeirinhas, o escultor foi obrigado a seguir outros caminhos. Entretanto, voltou a esculpir na praia do Furadouro, com a construção na areia de um grande peixe, que chamou a atenção da população local e dos responsáveis do Arada AC.

“Levámos-lhe o desenho do nosso emblema e ele aceitou o nosso desafio. Foi uma iniciativa agradável para ajudar uma pessoa tímida e pacata, mas com muito talento. Temos a nossa vertente solidária, que queremos manter, e sempre que for possível contribuir com algo, dentro das nossas capacidades, vamos fazê-lo, mas com preferência para a zona de Ovar”, admite o presidente do clube.

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