Mesmo lesionado, Hugo Alves foi fundamental na estreia a vencer do Angeja na 2.ª Divisão Distrital

O desporto distrital está recheado de histórias inspiradoras, seja pelos feitos alcançados ou pelos sacrifícios diários que os seus intervenientes são obrigados a fazer. A de Hugo Alves, hoje com 40 anos, é um exemplo perfeito disso. Chegou a Angeja com o campeonato a decorrer, mas cedo se deixou contagiar por um grupo unido, pelo qual vem jogando lesionado nas últimas semanas. A juntar a isto, foi decisivo na estreia a vencer da equipa na 2.ª Divisão Distrital, ao bisar diante do Always Young. “O momento não pode ser de grande euforia, mas a classificação não espelha o valor da equipa”, salienta.

Não foi fácil apanhar Hugo Alves livre para uma conversa que cedo extravasou o jogo do passado domingo. O dia de trabalho esticou-se mais do que o esperado, o que o fez sair diretamente para o treino. O gosto pela competição e o facto de ter encontrado um grupo do que o surpreendeu pela positiva dão-lhe força para continuar, mesmo que os 40 anos tenham o seu peso.

“Irei continuar até sentir que estou a acrescentar alguma coisa de positivo”, garante. E atenção, Hugo não é homem de virar a cara à luta. Nos últimos tempos, tem jogado lesionado “para tentar ajudar” uma equipa a viver um início de época atribulado. “Faço um bocadinho de sacrifício. Deveria parar e fazer só tratamento, mas estrago as melhorias com os jogos. Nunca chego a ficar bem, mas aos poucos vou conseguir”, atira, entre sorrisos.

A boa disposição espelha o ambiente mais desanuviado que se vive no Angeja, que conseguiu estrear-se a pontuar na 2.ª Divisão Distrital à 9.ª jornada, logo com um triunfo. “A humildade das pessoas em admitir que o momento não era o melhor e a cooperação de todos foi fundamental para o conseguir, acredita o pivot, autor de dois golos no triunfo por 3-0 diante do Always Young. “É sempre bom marcar, ainda mais a jogar em casa e num momento difícil”, admite.

Hugo Alves só se juntou ao plantel do Angeja à 3.ª jornada, motivado pelo convite de um amigo. A pré-época atribulada, após uma crise diretiva solucionada pelos companheiros de equipa Daniel Pereira e Luís Alves, os atuais presidente e vice-presidente do clube, refletiu-se num arranque de temporada difícil. “Depois, apesar de termos 17 jogadores inscritos, nunca treinamos juntos, por motivos profissionais”, acrescenta Hugo Alves, ele que considera que “a equipa está a precisar de algum incentivo, porque há potencial”.

Foi também isso que o levou a mudar-se para Angeja, onde espera “acrescentar alguma coisa de positivo”, à equipa e ao clube. Aos 40 anos, o pivot vislumbra o futuro numa lógica de “ano a ano”. Para trás ficou uma carreira dividida entre o futebol, que praticou até aos 29 anos, e o futsal, por onde ainda continua.

ACR Vale de Cambra isola-se na liderança
No topo da 2.ª Divisão Distrital, a ACR Vale de Cambra isolou-se na primeira posição, após ter vencido o Clube de Albergaria por 6-2, num jogo em que Paulo Bastos bisou. Por seu turno, o Arsenal de Canelas, com quem partilhava a liderança, perdeu no pavilhão do Branca Activa por 2-1. Os golos de Bruno Oliveira e João Fonseca, nos últimos minutos, permitiram a reviravolta no marcador.

Em Lourosa, o Lusitânia foi derrotado pelo Atlético do Luso (5-4), num jogo em que Rafael Gomes e Bruno Fernandes bisaram por cada uma das equipas. CRECUS e Lamas Futsal empataram a três golos, enquanto Arada e Gião terminaram a partida da 9.ª jornada com um empate a quatro bolas.

Com Rafael Machado a completar um ‘hat-trick’ e Paulo Pacheco e Jorge Camboa a bisarem, o Ossela B ganhou em Maceda (8-5), enquanto o Casal derrotou o São João de Ver por 6-2. Samuel Rocha e Fábio Pereira bisaram pelo conjunto de Castelo de Paiva.

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4 de Dezembro de 2019
Rui Santos
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