Clubes jogam ao ataque nas redes sociais para encurtarem distâncias para os adeptos

São muitas as propostas dos clubes do distrito de Aveiro nas redes sociais a incitar os seus adeptos a diferentes atividades. Desde pontapés em rolos de papel higiénico, a desafios para cortes de cabelo aos jogadores, os mais jovens também são incentivados à criatividade e às artes. Em tempo de pandemia, a bola lá continua a bater nas “redes”.

Na página do Facebook do CD Paços de Brandão quem tem “mandado” são as crianças. O clube propôs que os seus atletas mais jovens dessem asas à imaginação e mostrassem a sua veia artística, propondo desenhos do emblema, de jogadores, do estádio ou de equipamentos. A iniciativa “Desenha o Paços de Brandão” acabou por ter forte adesão.

Para os adultos há desafios que requerem mais audácia. Veja-se o exemplo do Futebol Clube Cadinha, que milita no Futebol Popular de Ovar, em que o seu “challenge” no Facebook consiste em motivar os jogadores do plantel a rapar o cabelo. O feedback foi imediato, com o envio de vídeos por parte dos mais corajosos.

Pelas redes sociais têm proliferado diferentes abordagens dos clubes aveirenses, com muitos a incitarem os internautas a colocar o seu conhecimento à prova, com vários desafios em forma de questões sobre o passado e o presente do clube. Foram os casos de SC São João de Ver, AD Ovarense ou do Reguenga da Palhota, da Liga do Inatel de Aveiro. Quanto a SC Alba, AA Avanca, SC Vista Alegre ou CCD Pigeirense, entre muitos outros, optaram por fazer uma viagem às grandes conquistas do passado, com a publicação de fotos e reportagens sobre os troféus ganhos.

A necessidade da responsabilidade social
Simão Dias, que desenvolve a sua atividade na área do marketing e da gestão das redes sociais, considera que, durante a pandemia de Covid-19, “o trabalho dos clubes no digital ganha uma nova importância”. “Os clubes também têm uma responsabilidade social e, em muitos casos, com as suas publicações, estão a apelar a atividades que acabam por ajudar as pessoas no período em que vivemos”, explica, recordando que, “numa época normal, os clubes têm quase sempre algo para publicar sobre atividades diárias, desde treinos a jogos”. “Nesta fase, é muito mais desafiante trabalhar nas redes sociais, porque há necessidade de uma maior criatividade da sua parte”, refere. Simão Dias considera que através do mundo virtual se encurtam distâncias para os adeptos e salienta que, em alguns casos, surgem grandes ideias. “Em Itália, por exemplo, o Pescara vai ter um equipamento novo com base no desenho de uma criança, depois de um desafio lançado nas redes sociais”, conclui.

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17 de Maio de 2020
Vítor Hugo Carmo
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