"Bis" supersónico de Miguel Gomes marca estreia a ganhar do Pampilhosa

Miguel Gomes não precisou de muito tempo para se tornar numa das figuras da terceira jornada da Divisão de Elite de Aveiro. Lançado aos 74 minutos em Carregosa, o avançado do Pampilhosa bisou e sentenciou o jogo, naquela que foi a primeira vitória dos Ferroviários no campeonato. O que se segue? “O clube tem objetivos fortes, de subir de divisão, e eu tenho de aparecer, no mínimo, nos três primeiros da lista de marcadores”. A coisa promete.

O nome é puramente lusitano, o seu português é perfeito, mas Miguel Gomes até nasceu na Suíça, há 21 anos. Foi lá que se iniciou no futebol, e deu tanto nas vistas que o Benfica acabou por o recrutar. “Com 15 anos, apareci na equipa sénior do FC Sierre. Fiz três jogos por eles, e deve ter sido aí que apareceu a oportunidade”, conta. Esteve uma semana à experiência no Seixal, convenceu e por lá ficou uma época. “Os meus pais ainda estão na Suíça, e eu vim para cá, com 16 anos, de propósito para jogar futebol”, prossegue Miguel, enquanto lamenta uma lesão que atrasou a sua integração plena no projeto do Benfica. “Ainda assim, foi uma experiência muito boa, com a qual aprendi muito. Foi outra dimensão”, garante.

No ano seguinte, mudou-se para o Beira-Mar. Começou no plantel júnior, e esteve para assinar um contrato profissional, “mas deu-se 'aquele problema' e não deu para continuar”. O ‘problema’ foi a insolvência da SAD e a consequente queda à 2.ª Divisão Distrital, na qual ainda marcou cinco golos com a camisola aurinegra.

Seguiram-se experiências no Gafanha e no Mortágua, até chegar, esta época, ao Pampilhosa, onde encontrou “um grupo muito forte e unido”, que dá corpo a um “projeto de subida”, mesmo tendo em conta o “campeonato forte” que terá pela frente.

“Com o plantel e a união que temos, acho que não será muito complicado atingir esse objetivo”, acredita o jovem avançado, que ainda não perdeu o sonho de chegar aos grandes palcos do nosso futebol. Para o conseguir, terá de aproveitar todas as oportunidades para sobressair, tal como fez na casa do Carregosense. O técnico, Maná, lançou-o em campo aos 74 minutos, bem a tempo de bisar e fechar o resultado em 3-0. “O treinador disse-me para entrar tranquilo, para fazer o que sabia e para ajudar a equipa”, e foi exatamente isso que Miguel Gomes fez.

A “vontade de mostrar mais” e de “querer ser titular” foram o combustível para a entrada de rompante na partida, admite o avançado, que divide o seu tempo entre o futebol o trabalho numa empresa de recuperadores de calor e de caldeiras.

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2 de Outubro de 2018
Rui Santos
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