Antevisão e análise à 1.ª Divisão Distrital por José Alexandre Silva

Esta semana, em virtude do final da primeira volta, os moldes desta crónica serão ligeiramente diferentes. A intenção será escolher as prestações mais positivas e aquelas que considero negativas. Como tudo na vida, esta será, sempre, uma análise subjetiva e passível de discussão, mas não deixa de ser uma opinião. A minha. E com o valor circunstancial que tem. Obrigado por estarem aí desse lado!

Positivo
Antes de passar a destacar as formações que considero ser as que melhor têm estado na competição, queria em primeiro lugar, realçar a competitividade existente, com muitas equipas no topo da classificação separadas por poucos pontos. Todas as jornadas têm tido muitos jogos de interesse e as mudanças da tabela deixam sempre “água na boca” para a semana seguinte. O modelo competitivo, na minha opinião, é bom e tem sido importante para valorizar equipas, treinadores e jogadores.

A aposta num plantel de qualidade fazia do São Vicente de Pereira um dos candidatos mais óbvios na 1.ª Divisão. Mas nem sempre é tão linear. No entanto, os comandados de Adriano Machado fizeram uma primeira volta quase incólume, com apenas uma derrota e três empates, e estão, por isso, meritoriamente no primeiro lugar, com sete pontos de vantagem.

Mealhada, Argoncilhe e Arrifanense têm estado uns furos acima do que seria expectável, mesmo tendo em consideração os grupos de trabalho. Da Bairrada surge uma equipa que se torna candidata à subida e, mais a Norte, Mickael Amaral e Saulo Santos têm conduzidos as suas equipas de forma irrepreensível, estando ambas na luta pela subida.

Negativo
A análise será discutível, não tenho dúvida. Principalmente porque a Ovarense ainda está em lugar de subida e, por isso, não perdeu nenhum objetivo assumido para esta época. Mas, se se analisar as expetativas criadas e as contratações efetuadas no início da época, na minha opinião, esperava-se um bocadinho mais. Está em lugar de pódio, é certo, mas empatou quatro jogos e perdeu três, em 17 jornadas, o que está abaixo do que aquilo que eu achava que iria acontecer.

De todas as equipas que estão no último terço da classificação pode haver, uma ou outra, a realizar uma prova um bocadinho aquém do que seria de prever. Mas também se sabe que dado o equilíbrio, duas vitórias seguidas mudam rapidamente o paradigma. Mas no caso do Famalicão dificilmente alguma coisa irá se alterar.

A aposta da AFA em competições de qualidade, com ferramentas de exceção como, por exemplo, a AFA TV, fez com que muitos mais agentes do futebol olhassem para esta associação com intuito de captar e, sobretudo, colocar talento a jogar nos nossos campos.

Não sou contra qualquer tipo de aposta de “clubes barriga de aluguer”, desde que equilibrados com atletas que tenham ligação umbilical à terra. A questão do Famalicão é totalmente oposta a esse princípio. Estar em último lugar, com apenas sete pontos em 51 possíveis, mostra que nem tudo vale a pena.

25 de Janeiro de 2019
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