Em Arrifana, mora um clube centenário com presença em futebol e futsal, essencialmente na vertente masculina, é certo, mas também com alguma representação feminina nas duas modalidades. Carlos Silva, presidente do CD Arrifanense, não esconde a intenção de alargar o espetro, mas sublinha o "orgulho enorme" por ver a formação crescer em número de atletas, em linha com o trabalho que tem sido desenvolvido.

"Claro que isso vai acarretar mais responsabilidade, porque temos mais meninos e tudo aumenta, mas estamos muito satisfeitos", regozija-se, salientando que o emblema talvez já precisasse "de mais uma infraestrutura, mais um campo", algo que, assume, é "impensável" nesta fase.

Com equipas de futebol e futsal, seniores e de formação, "o segredo é trabalhar e estarmos cada vez mais atentos ao que se passa ao nosso redor". Geograficamente colocado "no meio de grandes clubes, que têm infraestruturas que nós não conseguimos ter", o CD Arrifanense segue o seu caminho com "humildade, trabalho e empenho" e procura fazer ver "às pessoas, pais e atletas, que também temos treinadores de qualidade e que o clube está vivo, atento e a progredir".

"É um bocado nesse sentido que passamos a mensagem. A estrutura e o coordenador estão atentos e temos bastantes elementos bons, com nível e categoria", aponta o dirigente, admitindo que gostaria de avançar para a criação de uma equiopa feminina, objetivo que poderá ser uma realidade em 2024/2025.

"Gostava, realmente, de criar uma equipa de futebol feminino, mas só quando tivermos as condições necessárias. Tenho vindo a dizer que, se calhar dentro de duas épocas poderá ser um objetivo do clube, e também meu, que tenhamos uma equipa de futebol feminino".

Para Carlos Silva, o que difere o emblema de Arrifana dos restantes é a "qualidade", mas, acima de tudo, o "afeto e carinho" que é dado aos jovens atletas. "Temos uma coerência ao escolher e não seguimos caminhos só porque sim. Damos minutos de jogo aos jovens e temos uma gestão muito boa nesse sentido. Claro que falamos disto mais no futebol de 7, mas no futebol de 11 temos também uma equipa B em Iniciados e Juvenis, para que eles andem satisfeitos e possam jogar e rodar. No fundo, eles estão lá para jogar e aprender", sustenta o dirigente.

No final de julho há eleições para a presidência do clube e, à AFA TV, Carlos Silva assegurou que vai recandidatar-se para dar continuidade a um projeto que se quer de futuro e que visa também colocar a equipa sénior entre a elite do futebol da Associação de Futebol de Aveiro (AFA). 

"Os nossos objetivos passarão por melhorar as infraestruturas, para que possamos dar um salto com cabeça, tronco e membros. E, claro, falando no futebol sénior, queremos, se possível, chegar ao Campeonato SABSEG. O nosso clube é centenário e acho que o merece", conclui.