O hat-trick de Filipe Fonte na reviravolta da CP Esgueira na Branca: "Era um jogo bastante importante para nós"

Com três golos nos derradeiros dez minutos do encontro com o Branca Activa SC, a CP Esgueira virou do avesso o resultado (3-4) para somar a segunda vitória seguida no Campeonato Grande Hotel de Luso. Filipe Fonte completou um 'hat-trick' pelo caminho, ele que descobriu o futsal já trintão, bem a tempo, porém, de deixar a sua marca.

A vida, por caminhos muitas vezes indecifráveis, leva-nos a mudanças radicais, mas que aceitamos como naturais. Foi isso que aconteceu, de forma gradual, com Fonte. Futebolista com carreira feita em clubes do distrito de Viseu, mudou-se para Aveiro por motivos profissionais. “Nos primeiros anos ainda jogava lá (em Viseu), mas depois fui pai e não consegui conciliar”, conta, ele que ficou parado durante dois anos.

Só que, como o “vício” da bola nunca desapareceu, Filipe Fonte fez as suas pesquisas e descobriu que a CP Esgueira, clube da terra onde morava, ia defrontar o GD Beira-Ria. “Fui ver o jogo e, depois, falei com as pessoas do clube. Quando fui fazer o primeiro treino, não conhecia ninguém”, recorda, nada que o tenha retraído. O mais difícil acabou por ser adaptar-se a uma nova modalidade.

“O futebol não tem nada a ver com o futsal. No futebol, quando jogava como extremo, havia partes do jogo em que conseguia descansar, mas no futsal não há isso, temos de estar sempre a topo. É totalmente diferente”, nota, acrescentando que “custou um bocadinho, no início, conseguir ler e perceber o jogo”. “E ainda agora aprendo”, completa.

Filipe Fonte, hoje com 37 anos, transformou-se num pivot com boa relação com o golo, como o comprovou no último jogo da CP Esgueira no Campeonato Grande Hotel de Luso, no qual contribuiu com um 'hat-trick' para o triunfo no pavilhão do Branca Activa SC. “Todos os golos são especiais, mas o último foi mais porque foi o concluir da reviravolta. O importante é a equipa e a vitória”, diz, até porque “sozinho ninguém faz golos”.

Elogiando o espírito que se vive no balneário dos aveirenses - “é uma das nossas forças” - o jogador recorda as “palavras de apoio (dos colegas), mesmo durante o jogo, numa parte em que não estive tão bem”. “Foi com a ajuda deles que consegui levantar a moral e marcar”, sublinha, enquanto fala de um jogo em que a “estrelinha da sorte” cintilou, finalmente, para o lado da CP Esgueira, numa época em que algumas das derrotas ficaram seladas nos últimos segundos.

“Fizemos um jogo competente. Mesmo quando estávamos a perder por 3-1, penso que nunca fomos inferiores ao Branca (Activa). Na parte final, conseguimos dar a volta, que foi o mais importante, e trazer os três pontos. Era um jogo bastante importante para nós”, resume Filipe Fonte, que acredita que “os resultados vão aparecer” daqui em diante. “Queremos ter a melhor classificação possível e estar entre os seis primeiros”, completa.

PARC dispara na liderança
A PARC aumentou para oito os pontos de vantagem para o segundo posto, depois de ter vencido o GD Gafanha (8-2), com Miguel Silva a bisar, e de o Lusitânia de Lourosa FC ter empatado no pavilhão do CD Arrifanense (2-2). O deslize lusitanista não foi aproveitado pela AJ Fiães, que também empatou em Arouca (1-1).

Com Marcelo Carvalho a bisar, o CRECUS derrotou a ADREP por 6-2, enquanto o FC Barcouço triunfou na casa da ACD Azagães (0-2) e a AD Arsenal de Canelas bateu o FC Mozelos por 7-3, com Bruno Marques e Jorge Pinto a marcarem dois golos cada.

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CPE Futsal

6 de Março de 2024
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