Tomás Oliveira guardou o melhor para o fim na vitória do Fiães SC em Esmoriz (0-3), que fechou com um belo chapéu. Um momento distinto e emotivo, que teve dedicatória especial e que poderá ajudar a equipa a dar a volta a uma temporada “exigente e desgastante para toda a gente”.

O ângulo era reduzido, o lance algo confuso, mas Tomás Oliveira foi lesto a decidir de que forma o queria concluir. “Vi que o guarda-redes não estava na baliza e aproveitei o adiantar dele para tentar o chapéu, porque era o gesto técnico indicado para aquela situação. Foi a minha intenção desde que a bola me chegou aos pés”, garante.

Assim que o esférico beijou as redes da baliza adversária, Tomás desatou a correr na direção dos pais, que estavam no Estádio da Barrinha a apoiá-lo. “Eles e a minha namorada são o meu maior suporte. Dediquei-lhes a eles presencialmente e fiz um gesto para a câmera para a minha namorada, que não estava presente”, conta o médio, de 25 anos, que está de volta ao Campeonato SABSEG após ter disputado o Campeonato de Portugal nos últimos anos.

No verão passado, esteve perto de se mudar para uma equipa que disputa a Liga 3, “mas as coisas não resultaram devido a muitos fatores que não controlamos no futebol”. Tomás decidiu, então, aceitar a proposta do Fiães SC, “um clube organizado, estável e com grandes condições de trabalho”. “Também sabia que esta é uma Liga bastante competitiva e o acompanhamento feito pela AFA TV acaba por dar um profissionalismo maior à divisão. Daí a minha escolha”, acrescenta.

No Bolhão, a época vem sendo algo “atribulada”, mas o jogador crê num desfecho positivo para ela. “Acredito que temos um balneário forte e que é nas dificuldades que o grupo cresce”, sublinha, ele que sente que o triunfo em Esmoriz pode “alavancar a equipa para as próximas jornadas”. “Passamos por um momento difícil na tabela. Os golos são importantes, a exibição é importante, mas no final o que mais importa é que a equipa conquiste os três pontos”, completa.

Aos 25 anos, Tomás Oliveira já concluiu a licenciatura em Ciências do Desporto e trabalha afincadamente para “chegar a patamares profissionais” no futebol. O seu foco é fazer carreira na modalidade, dentro ou fora das quatro linhas: “Estou numa fase em que tenho de perceber se devo jogar as cartas todas na carreira de jogador ou se irei abdicar desse sonho e prosseguir uma carreira ligada ao futebol, mas noutra vertente”. Com golos como o do último domingo, a escolha parece clara.

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Objectiva Sport