A temporada 2017/2018 valeu o 5.º lugar na Série C da 2.ª Divisão Distrital de Aveiro ao CD Luso. A marca, ainda que positiva, não permitiu outros voos, nem provoca euforia entre os responsáveis, que encaram a época que se avizinha com moderação e realismo.

“Temos de ter atenção à realidade e ao contexto. Há equipas com argumentos financeiros que nós não temos, que apostam muito mais na subida do que nós. Nesse sentido, sabendo perfeitamente quais são as nossas hipóteses, aquilo que pretendemos é apresentar um bom futebol, objetivo e positivo, com uma proposta de jogo diferente daquilo que se vê nos campeonatos distritais do nosso país”, vinca o treinador, Laurindo Filho, que procura “uma melhor classificação do que no ano passado”, mas recusa “assumir uma candidatura, apesar do historial do clube assim o exigir”.

Para o técnico, é necessária “consciência de que, neste momento, a poucos dias de se começar a pré-época, há equipas que, em teoria, estão mais bem apetrechadas do que nós, principalmente no que diz respeito ao poder financeiro”, o que faz com que as expetativas tenham que “ser realistas”.

“Vamos lutar para sermos uma equipa competitiva, capaz de vencer todos os jogos. Não nos vamos esconder, e vamos tentar manter a identidade que apresentámos no ano passado. Queremos ser uma equipa dominadora, que apresenta um bom futebol, mas sabemos que, para subir de divisão, é preciso um determinado número de condições e fatores dos quais ainda não dispomos. O essencial é fazer melhor do que no ano passado”, reforça, admitindo uma forte reestruturação do plantel, essencialmente motivada pela perda de alguns atletas que sobressaíram ao longo do último ano.

“Apesar de apenas termos ficado em 5.º lugar, tivemos jogadores que se destacaram bastante. Olhando para o nosso onze base da última época, vamos perder cinco ou seis atletas. Isso implica um reajustamento, e já temos oito reforços confirmados”, revela, alertando para a necessidade de “praticamente recomeçar de novo”.

Para já, a principal preocupação na construção do plantel passa por garantir “atletas que não tenham medo de assumir a posse de bola” e que “consigam interpretar um futebol mais paciente, apoiado e elaborado”, promovendo “uma imagem de futebol positivo”.

“Eu digo várias vezes que o difícil é que as pessoas nos reconheçam quando não somos campeões. Mas nós conseguimo-lo no ano passado, e fomos muito elogiados ao longo da época, por jogadores, treinadores e até árbitros, algo que nunca me tinha acontecido. O que nós queremos é manter um patamar de qualidade e humildade, sabendo que não será fácil”, aponta Laurindo Filho, que não descura, ainda assim, os resultados: “Vamos continuar a ser uma equipa positiva, que, obviamente, quer ganhar. É importante que se perceba que o facto de querermos ser uma equipa com futebol positivo não nos inibe de querer ganhar, porque não descuramos o resultado. Achamos, sim, que a forma mais correta para conquistarmos o resultado que nos interessa é o futebol positivo, em que os setores jogam de forma interligada”.

Os guarda-redes Pedro Correia (ex-Condeixa) e  Leandro Castro (ex-Atlético Clube do Luso), o defesa Fábio Gomes (ex-Aguinense), os médios Tiago Amaro (ex-São João), João Leal (ex-Sepins), e os avançados Guilherme Fernandes (ex-Casaense), Fernando Gonçalves (ex- Aguinense) e Zuza (ex-Condeixa) são os reforços confirmados até ao momento.

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