Tendo como fundamento a importância que uma rápida e eficaz tomada de decisão por parte de um árbitro tem no desenrolar de um jogo de futsal, a Associação de Futebol de Aveiro (AFA) promoveu, em articulação com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), uma ação de formação focada nessa temática, que juntou diversos árbitros aveirenses em Maceda, onde está localizado o centro de formação de árbitros de futsal da AFA.

Nuno Bogalho, um dos formadores da FPF presentes no evento, explica que “o principal objetivo (de iniciativas como esta) é melhorar a arbitragem a nível distrital”, procurando levar os árbitros que dirigem partidas de competições distritais a “seguirem os mesmos conceitos do que se faz a nível nacional”. O antigo árbitro internacional sublinha que, “no futsal, a tomada de decisão é muito rápida no contexto de jogo”, sendo o objetivo de ações de formação como a que foi realizada em Maceda preparar os árbitros para poderem fazê-lo “de uma forma rápida e eficaz”.

Oportunidades únicas para os árbitros
Presente na formação, Eduardo Coelho, árbitro internacional que pertence aos quadros da AFA, acrescenta que, “para além da componente física, há uma componente técnica” importante neste tipo de ações, em que os árbitros “vão ver situações de golo/não golo e para advertência, de expulsão ou não”. “Esta é uma formação prática, com o apoio da FPF. A ideia é inovarmos e fazermos ver aos árbitros que queremos fazer coisas diferentes”, acrescenta António Costa, presidente do Conselho de Arbitragem da AFA.

“Temos consciência de que o futsal tem vindo a evoluir. O jogo torna-se muito mais exigente e a figura do árbitro tem um papel importante nas dinâmicas e no ritmo do jogo. O que lhe é exigido é que tenha decisões de qualidade e que seja consistente durante o jogo”, acrescenta Raul Maia, também ele formador da FPF para o futsal, que vê nestes momentos formativos “oportunidades únicas para os árbitros distritais”.

Juliana Valquaresma, árbitra que pertence aos quadros da AFA, concorda com a ideia. “Estas formações são uma mais-valia. O facto de termos cá elementos do Nacional para nos orientarem e transmitirem os seus conhecimentos acaba por ser fundamental”, diz. Ao seu lado, João Santos realça a importância da tomada de decisão para uma gestão eficaz de uma partida. “Depois de tudo o que aprendemos, temos de tomar uma decisão num segundo, ou menos. E temos de estar certos”, sublinha o árbitro.

“Este é o caminho”
A AFA instalou, em Maceda, um centro de formação dedicado ao futsal, onde, “duas vezes por semana, às terças e às quintas-feiras, os árbitros fazem treino técnico e específico”, explica António Costa. “É uma partilha de experiências que os árbitros vão tendo, algo que é muito positivo”, acrescenta José Neves Coelho, presidente da AFA, que foca ainda “o trabalho que está a ser feito junto das escolas”, que tem permitido atrair jovens para a arbitragem.

“Este é o caminho. A Federação tem-se mostrado disponível para as associações que solicitem este tipo de exercícios e a Associação de Futebol de Aveiro demonstra que está a investir na qualidade da formação dos seus árbitros”, considera Raul Maia, com António Costa a desejar que este tipo de momentos formativos se repitam no futuro.

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