“Impróprio para cardíacos”. Para Zé António, esta é a expressão que melhor retrata o triunfo do São João de Ver em Alvarenga, por 3-2, que valeu o apuramento para as meias-finais da Taça de Aveiro PECOL, Prof. José Valente Pinho Leão. Aos 88 minutos, os sanjoanenses perdiam por 2-1, mas conseguiram dar a volta, tendo o goleador, que bisou, ainda atirado ao poste pelo meio.

Não se pode dizer que o Alvarenga não estivesse avisado da resiliência do São João de Ver. Afinal, em dezembro do ano passado, os ‘malapeiros’ já haviam vencido no Estádio Reinaldo Noronha por 3-2, num jogo em que recuperaram de uma desvantagem de dois golos.

No último sábado, Zé António adiantou os encarnados no primeiro tempo, de grande penalidade, mas os arouquenses acabariam por dar a volta na segunda parte, altura em que o São João de Ver ficou reduzido a dez unidades. “Quando muita gente pensava que já não iríamos conseguir chegar à próxima eliminatória empatámos”, num penálti convertido por Alex Brandão. “Depois, fizemos o 3-2”, recorda Zé António, autor do golo que valeu o triunfo, que surgiu poucos instantes depois de ter rematado ao poste.

O calor que se fazia sentir em Alvarenga e as incidências do jogo levam o avançado a considerar o duelo do último sábado “mais complicado” do que o do campeonato, ainda que o desfecho tenha sido idêntico. “Agora, o objetivo na Taça passa por chegar à final”, atira o goleador, que não quer voltar a cair na semifinal.

“No ano passado caímos nos penáltis, mas esta época queremos fazer melhor. Depois, se chegarmos à final, o objetivo é vencer”, o que, a acontecer, acabaria por dar outro colorido a uma temporada pensada para outro tipo de voos. “O nosso objetivo inicial era lutar pelo primeiro lugar do campeonato. Não o conseguimos fazer e tivemos de redefinir objetivos. Para além da Taça, também queremos terminar o campeonato no segundo lugar”, remata.