No último verão, Vigário mudou-se para Lourosa atraído pela ideia de contribuir para uma “época diferenciada” do clube, que o arranque invicto no Campeonato Grande Hotel de Luso tem ajudado a cimentar. O pivô, com carreira feita nos principais campeonatos nacionais, vem fazendo a sua parte, sendo por esta altura o melhor marcador dos lusitanistas na prova, com nove golos. “Quem não gosta de marcar? Certamente que as pessoas do Lourosa me contrataram com esse intuito. Fico muito feliz por ajudar com golos, mas não é o mais importante”, assegura, colocando o coletivo no topo das prioridades.

O último capítulo do trajeto, até ver, 100% vitorioso dos 'leões' na elite do futsal aveirense aconteceu em Arrifana, onde venceram por 0-3. “Na primeira parte, podíamos ter feito mais um ou outro golo e chegar à parte final mais tranquilos, mas nunca senti que o resultado estivesse em causa”, resume Vigário, que fechou o placard com dois golos na reta final da partida.

“Estudámos bem a equipa adversária e estamos numa boa fase, muito confiantes. A nível defensivo, não consentimos muita coisa ao adversário. Não tem sido fácil marcarem-nos golos. É óbvio que podia ter acontecido um golo deles, mas acho que fomos claramente superiores”, acrescenta Vigário, que para lá dos golos que marca, tem sido uma peça importante na manobra coletiva lourosense. “Tenho passado por todas as posições no campo, faço aquilo que o mister me pede e estou totalmente disponível” para a equipa, nota.

O arranque decidido dos 'aurinegros' no campeonato é demonstrativo da forma como o plantel lusitanista encarou o objetivo que lhe foi proposto de “fazer uma grande época”, mas “ainda falta muito campeonato”, avisa Vigário, que sente a equipa “no caminho certo, mas não pode facilitar”. “Vamos ter jogos muito difíceis pela frente. Por sermos a única equipa que ainda não perdeu, os adversários vão querer ser os primeiros a vencer-nos. Temos que ter essa consciência e não abrandar”, reforça.

Convencido pelo seu antigo treinador Ricardo Canavarro, hoje diretor-geral do futsal lusitanista, o pivô sente ter dado um “passo muito positivo na carreira” ao mudar-se para o Lusitânia de Lourosa FC, esperando ajudá-lo a “chegar o mais alto possível no futsal”. “O clube e os adeptos merecem”, defende.

Sobre o Campeonato Grande Hotel de Luso, vê-o como “muito competitivo, com equipas muito equilibradas”, ideia à qual os resultados vêm dando força. “A nível de pontos, tirando o Lourosa que se distanciou um bocadinho nesta fase inicial, as outras equipas estão muito juntas e isso demonstra o equilíbrio do campeonato. Tem sido uma surpresa agradável”, nota o jogador.

Aos 34 anos, é a “paixão pelo jogo” que faz Vigário continuar a dar o seu melhor nos pavilhões nacionais. “Há uns dias, brincava com o Hélder (Ferreira) e dizia-lhe que, hoje, quando entramos em campo, ainda parecemos aqueles meninos, com 17 ou 18 anos, que tinham uma grande garra e vontade de ganhar. Enquanto isso não desaparecer, vou continuar, porque adoro jogar futsal”, remata.

Dupla perseguidora não desarma
O triunfo no pavilhão do CD Arrifanense permite ao Lusitânia de Lourosa FC manter os sete pontos de vantagem sobre FC Mozelos e FC Barcouço, que partilham a segunda posição.

Os mozelenses triunfaram na Gafanha (1-3), com Luís Cruz a bisar, enquanto os bairradinos superaram o Ossela by BTL (4-5), num jogo resolvido por Zé Mário, no último minuto.

A AJ Fiães alcançou a vitória mais expressiva da sétima jornada do Campeonato Grande Hotel de Luso, ao bater a ARCA por 11-2, com Pedro Sousa a marcar por cinco vezes, enquanto a ACD Azagães venceu a AD Arsenal de Canelas por 2-6, num jogo em que João Augusto bisou pela equipa de Oliveira de Azeméis.

Mais apertados foram os triunfos de CP Esgueira e CRECUS, ambos pela margem mínima, diante de AD Travassô (7-6) e Novasemente GD (1-2), por esta ordem. Lucas Oliveira completou um 'hat-trick' pela CP Esgueira.

Fotografia
Lusitânia de Lourosa FC - Futsal | Camaleão