Uma final em que Rafa deu literalmente a cara pela vitória do GD Beira-Ria

O guarda-redes Rafael Oliveira, mais conhecido no futsal como Rafa, admite que a sua especialidade na baliza são os livres de dez metros e as grandes penalidades. E foi com os seus atributos que defendeu dois penaltis pelo GD Beira-Ria na final do Campeonato Grande Hotel de Luso, frente ao FC Barcouço, um deles com a cara. O jogador assume que o feito é uma homenagem a um mentor importante no seu percurso como guarda-redes, o técnico Jorge Vilarinho.

Rafa considera que, “não se tratando de um típico jogo de campeonato”, o duelo da final com o FC Barcouço foi ainda mais emocionante por se tratarem de duas equipas “completamente diferentes na forma de jogar”. “Nós gostamos de fazer circular a bola e temo jogadores rápidos.  O Barcouço é o oposto, porque gostam de pautar o jogo com muita posse de bola. Sabia que iam fazer-nos a vida difícil e foi o que aconteceu”, admite, ele que acabou por ser decisivo no desempate por grandes penalidades (4-2), após o empate a dois golos no prolongamento.

“Por norma sou o guarda-redes escolhido para defender os livres de dez metros e as grandes penalidades. Não só pelo histórico nesses lances, mas também por ter mais calma nas decisões. No entanto, a percentagem para quem vai marcar e para quem vai defender é igual, mas sentia-me confiante e resultou. O primeiro penálti até defendi com a cara e só no dia seguinte é que senti as mazelas disso, mas já estou habituado”, afirma.

O guarda-redes recorda que teve “um grande professor” que o ajudou a polir a técnica na baliza e na defesa das grandes penalidades. “O Jorge Vilarinho foi muito importante aquando da minha passagem pelo Barrô e pelo Gafanha. Foi um percurso nos nacionais muito interessante e aprendi muito com ele. Infelizmente, já não está entre nós”, afirma.

Com a vitória na final do Campeonato Grande Hotel de Luso, Rafa considera que esse feito foi “uma superação de uma época completamente atípica”, admitindo a sua satisfação pelas provas dadas pelo plantel do GD Beira-Ria. “Foi tudo muito diferente do habitual, desde a forma como os treinos tiveram de ser idealizados até aos planos que tiveram de ser desenvolvidos para fazermos três pré-épocas. O que fazíamos em dois meses tivemos de fazer em 15 dias e acabámos por mostrar uma grande união em nome do compromisso do clube de vencer a competição”, sublinha.

O guarda-redes antevê “um final de época difícil com a disputa da Taça Nacional, mas também o será para os adversários”, garantindo que “o GD Beira-Ria vai ter o mesmo foco de sempre”. “Cada jogo será uma final e a nossa expetativa é chegar o mais longe possível e estarmos no último jogo, que é onde gostamos de estar, sempre nas grandes decisões. Espero é não levar com outra bola na cara, mas se tiver de o fazer pela vitória, não há problema”, conclui.

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10 de Junho de 2021
Vítor Hugo Carmo
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