Títulos na formação dão notoriedade mas em São João de Ver o foco está na evolução das atletas

A temporada 2023/2024 reforçou o estatuto que o SC São João de Ver vem construindo, nos últimos anos, nos escalões jovens femininos de futsal. As 'malapeiras' repetiram a presença na Final 4 do Campeonato Nacional de Sub-19 e venceram, no escalão de Sub-17, o Campeonato de Honra do Interdistrital de Aveiro, Porto e Viseu. “Foi a cereja no topo do bolo no sentido de as jogadoras perceberem que o trabalho compensa”, sente a treinadora, Ana Sofia Ferreira.

Colocando o foco na evolução das atletas - “em Sub-15 ou em Sub-17 quantificamos mais as melhorias que elas vão apresentando ao longo dos treinos e dos jogos” -, a técnica vê no título interdistrital um incentivo para as jovens se “empenharem e acreditarem no que vão fazendo ao longo do ano”.

“Não seria ganhar ou perder que nos iria dizer se estávamos a fazer um bom trabalho ou não. A melhoria delas é o mais importante para nós, e isso elas foram conseguindo”, acrescenta Ana Sofia Ferreira, que elogia o formato de uma prova que junta equipas de três distritos diferentes e que proporciona “mais experiências” a quem nela participa, tornando-a “muito mais vantajosa ao nível do crescimento e da evolução” das atletas.

O SC São João de Ver, que foi sexto classificado na primeira fase da competição, conquistou o Campeonato de Honra sem sofrer qualquer desaire nas oito jornadas que disputou, somando sete vitórias e um empate. O Campeonato de Elite foi ganho pela Juventus Triana FC.

Ao sucesso nas Sub-17, há que juntar a presença do clube sanjoanino na Final 4 do Campeonato Nacional de Sub-19, tendo fechado o pódio da prova pelo segundo ano consecutivo.

Esses são sinais inequívocos de uma evolução firme e constante do clube do concelho de Santa Maria da Feira, que é necessário prosseguir, avisa Ana Sofia Ferreira. “O futuro assegurado só se consegue se se continuar o trabalho. Se não lhe dermos importância, porque se ganhou ou conquistou algo, e se não tivermos o foco no rendimento, em vez de no resultado, se calhar vamos baixar armas, mas não é isso que pretendemos”, diz, salientando que o projeto do clube visa que “os escalões de baixo fomentem os de cima e que haja uma progressão” nas atletas.

Pelo caminho ficou o sonho de chegar, já na próxima época, à 2.ª Divisão Nacional, na sequência do nulo frente à AD Jorge Antunes, na penúltima jornada da Série 1 da segunda fase da Taça Nacional. “Queremos chegar lá, mas, ao contrário do que muita gente acha, não era este ano, em que tínhamos como objetivo ir à Taça Nacional. Fomos conseguindo resultados e ficámos muito perto do sonho. Se conseguíssemos chegar já este ano à 2.ª Divisão, melhor para nós, mas conseguimos perceber que o trabalho está a ser bem feito”, defende Ana Sofia Ferreira.

“Para o ano, a aposta é, claramente, conseguirmos subir à 2.ª Divisão Nacional com um grande leque de jogadoras vindas da formação”, afirma a treinadora, que vê na sustentabilidade do projeto uma ideia inegociável: “Quando chegarmos à 2.ª Divisão, queremos ficar lá, sermos sustentáveis, tanto financeiramente como ao nível de atletas, para depois, em dois ou três anos, conseguirmos a 1.ª Divisão”.

Dupla luta pela manutenção na 2.ª Divisão
Precisamente no segundo escalão feminino do futsal nacional, o GD Gafanha somou uma importante vitória frente à Casa do Povo de Freixo (4-3), construída com um 'póquer' de Fátima Pires, que lhe permite manter-se na corrida pela manutenção.

Menos feliz esteve o Lusitânia de Lourosa FC, que perdeu, em Ourém, com a Juventude Ouriense, por 3-0. A fase de permanência está a duas jornadas do seu término.

Fotografia
Sporting Clube São João de Ver - Futsal

6 de Junho de 2024
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