Sub-17 do SC Beira-Mar sagram-se campeãs interdistritais no ano de estreia

Uma estreia para mais tarde recordar! Na época em que apostou na criação de equipas de formação femininas de futebol, o SC Beira-Mar sagrou-se campeão interdistrital em Sub-17, feito que ficou carimbado com um triunfo em Rossas (0-3), no concelho de Arouca, na antepenúltima jornada da Liga de Ouro da prova que junta clubes dos distritos de Aveiro e Coimbra.

“O momento alto foi termos conseguido algo de inédito no nosso primeiro ano na modalidade. As conquistas são sempre consequência de algo ainda maior”, salienta Davide Ricardo, treinador das 'aurinegras', para quem “os troféus devem ser vistos nesta fase inicial como algo secundário, nada prioritário”. “O que o clube pretende é posicionar-se e ajudar a região a crescer no futebol feminino”, vinca.

A festa do título aconteceu em Rossas, onde o SC Beira-Mar venceu por 0-3 na oitava jornada da Liga de Ouro, com golos de Raquel Amaral, Marta Bartolomeu e Maria Matos. “No final, estivemos bastante tempo a festejar e a conviver nas imediações do estádio onde jogámos, sinal de que estamos todos ligados ao projeto. Foi fora do nosso habitat natural, mas bem recebido pela equipa adversária, sem qualquer tipo de problema, o que é sempre de salutar”, conta o treinador.

Contabilizando por vitórias os 15 jogos que disputou, até ao momento, no Interdistrital, o emblema aveirense colhe os frutos de ter “começado a trabalhar em janeiro de 2024”, o que permitiu “fazer as coisas com algum critério”, ajudando a que o projeto tivesse “uma boa base, de miúdas que nos indicam que o clube tem futuro na modalidade”. “Jogámos nas Sub-17 com miúdas que eram Sub-14 e Sub-15. Isso dá-nos alguma sustentação para o futuro”, completa o técnico.

Davide Ricardo considera que o campeonato, que esta época recebeu o Clube União 1919 e a Associação Naval 1893, da AF Coimbra, “tem pernas para andar no que diz respeito à competitividade entre equipas”, defendendo a importância de “manter uma sequência de jogos para que não haja muitas quebras ao longo das semanas”.

“Em termos de ajuste de formato da competição, há passos a dar”, acredita o treinador do SC Beira-Mar, dando como exemplo o tempo de jogo, “porque 30 minutos por cada parte é insuficiente perante o que as atletas fazem no contexto das associações distritais e até a nível nacional”. É igualmente “importante a AFA ajudar os clubes a crescer, a participar e a terem mais equipas para que a competição possa ganhar alguma valorização e todos possam sair a ganhar”, remata.

Fotografia
SC Beira-Mar

25 de Fevereiro de 2025