Já abriram as portas do “Mercado Malapeiro”, iniciativa criada pelo departamento de formação do SC São João de Ver que visa leiloar camisolas oferecidas por figuras do desporto e não só. O objetivo passa por reunir verbas que permitam manter a atividade normal do futebol juvenil do clube numa fase em que os apoios são escassos e as dificuldades de muitas famílias aumentam, com possíveis reflexos na receita referente às mensalidades dos atletas. “Além da verba, pretendemos sensibilizar as pessoas para as necessidades que os clubes de formação estão a passar”, acrescenta João Cruz, coordenador do futebol de formação dos encarnados, que se tem desdobrado em iniciativas para procurar contornar as dificuldades que se vivem atualmente.

A primeira camisola a leiloar é a do plantel sénior do clube, que compete no Campeonato de Portugal, devidamente autografada por todos os craques. O período de ofertas termina amanhã, as quais podem ser feitas através da página do futebol de formação do SC São João de Ver. Seguir-se-ão camisolas de figuras ligadas ao fenómeno desportivo, sendo que a iniciativa é aberta, igualmente, a todos os que se queiram juntar-lhe.

Numa altura difícil, marcada por uma crise económica que promete intensificar-se nos próximos tempos, o clube do concelho de Santa Maria da Feira tem procurado encontrar outras vias para cumprir os seus compromissos. Com os apoios a escassearem e algumas famílias a passar por situações difíceis a nível financeiro, o SC São João de Ver tem apostado em meios alternativos para financiar a sua atividade, a qual tem mantido nos últimos tempos, dentro das condicionantes impostas pela Direção-Geral da Saúde.

O “Mercado Malapeiro” tem como objetivo “garantir verbas e, da mesma forma, aproveitar as pessoas ligadas ao desporto para incentivarem os atletas a manter a atividade”, desiderato visto por João Cruz como fundamental nesta fase. “Na primeira paragem, alguns atletas viram o seu peso aumentar bastante, o que é uma preocupação. Queremos que estejam ativos, tanto física como também psicologicamente”, remata o coordenador.

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