Renato Pereira é o talismã da invencibilidade da PARC

Trocou o futebol pelo futsal e desde então tem crescido com a camisola da PARC, que esta temporada segue 100% vitoriosa, com sete triunfos em outras tantas jornadas. Renato Pereira tem sido um verdadeiro líder, comandando as ‘tropas’ de Pindelo com 18(!) golos apontados no Campeonato Grande Hotel de Luso.

Após ter feito toda a sua formação enquanto atleta no clube da terra, a JD Carregosense, Renato Pereira viu a vida profissional impedi-lo de continuar a jogar pelos relvados de Aveiro. Então, o seu irmão, Firmino Pereira, membro atual da estrutura diretiva da PARC, convenceu-o a experimentar o futsal, cujo horário dos treinos era mais flexível.

“A PARC tinha arrancado com a equipa sénior no ano anterior e, por escassez de atletas, o meu irmão convidou-me para ir treinar e o treinador perguntou-me se queria ficar. Tinha aberto um negócio e não tinha possibilidade de jogar futebol, por isso desisti. Os horários dos treinos não eram compatíveis. Felizmente, no futsal são mais tarde”, recorda o futsalista de 26 anos.

Sempre teve aptidão para o golo, mas esta época tem superado todas as expectativas, levando uma média a rondar os 2,5 golos por encontro. “Obviamente que não” esperava este arranque, mas admite que tem “trabalhado para isso”, ainda que não tenha iniciado a temporada como queria, devido a “algumas limitações a nível físico”.

“Felizmente, desde que entrei para o futsal, joguei praticamente os jogos todos, nunca ‘caí’ a nível físico. Este ano não tenho estado a 100%, mas tenho respondido bem. Os golos têm surgido, porém tenho uma grande equipa, com muita qualidade, que sabe ‘servir bem’. No futsal a minha média de golos é de um por jogo. No futebol já fazia muitos por época, em média 15 a 20. Jogava a médio-ofensivo e sempre fui um jogador com propensão para o golo”.

A nível coletivo, a PARC traduz por vitórias as partidas disputadas, lidera o Campeonato Grande Hotel de Luso, com 42 golos marcados e 12 sofridos, o que significa que Renato Pereira é responsável por quase 43%(!) dos tentos da equipa até então. Apesar da evidente influência na equipa, o futsalista destaca o coletivo. “Temos uma equipa muito completa, sai um e entra outro e a equipa continua muito equilibrada, o que muitas vezes não acontece no Distrital. As outras equipas até aguentam a 1.ª parte, mas não conseguem ir ao banco e rodar e não se desequilibrarem. Temos essa vantagem”.

O plantel da PARC conhece-se muito bem, é “uma equipa que vem sendo construída há já alguns anos” e que está a colher os frutos dessa coesão. “Estamos cada vez mais sólidos e acredito que temos tudo para fazer uma excelente época”, prossegue.

Renato Pereira prefere manter o foco no coletivo e não pensar em metas individuais quanto a golos marcados. Considera-se uma pessoa “que não gosta de falar muito sobre isso”. “Acho que quanto mais falar, o golo pode não aparecer… não se falava e os golos têm aparecido. É algo que a nível psicológico tem influência”.

Admite que gosta de fazer e festejar golos, mas olha “muito pelo bem da equipa, que tem de estar acima de tudo”. Caso chegue aos 30 golos e a equipa ganhar sempre, assume que ficará “duplamente feliz”.

Quanto aos objetivos coletivos, passam por “fazer melhor do que no ano passado”, temporada na qual a PARC foi 2.ª classificada, ou seja, as armas estão apontadas ao título – e subida de divisão. “Foi o objetivo traçado pelo treinador. Em 2021/22 ficámos em 2.º e o objetivo era ficar em 1.º, mas não olhamos para isso como uma obsessão. Queremos é fazer um bom trabalho. Todas as semanas tentamos melhorar o nosso jogo para chegarmos ao final e fazermos contas. Há equipas com orçamentos diferentes, mas temos bons argumentos para disputar este campeonato”, afiança.

Fotografia: Direitos Reservados

18 de Novembro de 2022
Marcelo Brito
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