Com Henrique Santos a assinar um 'hat-trick', o CRC Rocas do Vouga voltou aos triunfos na Zona Sul da 2.ª Divisão Distrital, batendo a FIDEC por 1-5, e segurou a terceira posição posição na tabela, registo que é encarado pelo plantel como “uma recompensa pelo esforço de todos”, diz o jogador, um defesa (re)convertido em avançado que decidiu voltar ao futebol, esta época, por paixão à modalidade.

A carreira de Henrique conta com vários interregnos, cada um deles um tanto ou quanto prolongados. “Comecei a desligar-me um pouco (do futebol), mas ao fim de alguns anos sem jogar, sentia a sua falta”, conta, ele que completou a formação no SC Beira-Mar no papel de avançado.

Até por aí, “era comum, nas camadas jovens”, marcar por três vezes num só jogo, algo que repetiria, aos 29 anos, com a camisola do CRC Rocas do Vouga. “Já passaram uns valentes anos desde o último 'hat-trick'... É sempre bom”, confessa.

Ainda para mais quando, no início da época, Henrique Santos decidiu voltar às origens e jogar como defesa central. “Nas camadas jovens, comecei como defesa e, no Inatel (pelo Pessegueirense), joguei nessa posição e gostei. Quando o treinador (do CRC Rocas do Vouga) veio falar comigo, numa daquelas conversas de café, disse-lhe que queria jogar como central e comecei a época assim”, conta o jogador, só que as “muitas lesões” no plantel levaram-no a subir no terreno para ir dar uma ajuda ao ataque.

“Jogo onde for preciso”, apressa-se a acrescentar, e com alto rendimento, como a exibição frente à FIDEC o demonstrou. “Fomos muito superiores ao adversário. O único aspeto negativo foi o golo sofrido, mas o importante era ganhar, e conseguimos”, diz, em alusão ao jogo, enquanto partilha os objetivos da equipa para esta temporada: “Queremos tentar ganhar em todos os jogos. Este terceiro lugar é muito positivo. Apesar das muitas lesões, temos conseguido estar lá em cima e queremos manter-nos lá”.

Nesta fase da carreira, “é o gosto pelo futebol e o convívio com os colegas de equipa” que fazem Henrique continuar. “Temos um grupo fantástico e aquele convívio faz sempre bem. Sentimos falta quando deixamos. O 'bichinho' do futebol está sempre presente, sempre foi uma das minhas paixões”, assume.

Ronda sem surpresas para os comandantes
No primeiro lugar da Zona Sul da 2.ª Divisão Distrital segue o FC Vaguense, que derrotou o AC Famalicão por 0-1, mantendo assim os quatro pontos de avanço para a AA Macinhatense, que venceu o FC Bom-Sucesso Sub-23 por 2-1, com um 'bis' de Adriano Silva.

Com uma reviravolta na reta final, a ADC Sosense superou a AR Aguinense (1-2), enquanto o SC Carqueijo bateu a AD Requeixo por 0-5, o RD Águeda ganhou em Águas Boas (0-2) e a ADC Sanguedo Sub-23 levou a melhor diante do GD Beira-Vouga (2-0) com um 'bis' de João Barbeiro. Finalmente, ADCF Santo André e Mamarrosa FC empataram a zero.

Na Zona Norte, Rafael Silva bisou no triunfo do líder, GD Fajões, diante do CRC Rocas do Vouga Sub-23, por 3-0, resultado com o qual o CCR Válega bateu o Caldas de São Jorge SC.

O triunfo mais desnivelado da ronda foi alcançado pelo FC Macieirense, por 7-0 ante o NEGE Sub-23, num jogo em que Canelas completou um 'hat-trick' e João Aguiar bisou.

A ADC Sanguedo derrotou o Florgrade FC B por 3-1, o GD Milheiroense venceu o CCR Vila Viçosa (2-1) e UD Fermedo e CCR São Martinho empataram a uma bola.

Nota ainda para o triunfo do CDC Macieira de Cambra, por 2-5, frente à ARC São Vicente Pereira Sub-23, com Rui Pinho a bisar pela equipa do concelho de Vale de Cambra, enquanto os Sub-23 do AC Cucujães bateram a AD Santiais por 4-1.

Fotografia
CRC Rocas do Vouga