Raimundo está no futsal pelo "convívio e a amizade". Os golos que marca são um extra importante para o GD Gafanha B

As exigências da vida profissional levaram Raimundo Martins a abdicar do futebol, há quatro anos, e só os laços de amizade de longa data que o unem ao treinador e a alguns dos jogadores que compõem o plantel do GD Gafanha B o fizeram “dar uma oportunidade ao futsal”, esta época. A experiência tem sido positiva, como o comprovam os dois golos que apontou ao Clube de Albergaria (5-3) na estreia a vencer dos gafanhenses na fase de subida da 2.ª Divisão Distrital de futsal.

Em 2019/2020, depois de completar a formação no GD Gafanha, Raimundo dava os primeiros passos enquanto futebolista sénior no Campeonato SABSEG, pelo SC Alba. O defesa ainda regressaria à Gafanha antes de se mudar para o SC Vista Alegre, também na Divisão de Elite de Aveiro, naquela que foi a última experiência, até ver, nos relvados. Tudo porque as lides profissionais se sobrepuseram a tudo o resto.

Foi assim durante duas temporadas consecutivas, até que, no início da atual, os amigos o convenceram a experimentar o futsal. “Vou sempre preferir o futebol porque cresci a ver e a jogar. São desportos semelhantes, mas muito diferentes também. O futsal ainda está dois passos atrás do futebol, é complicado competir”, considera o agora fixo do GD Gafanha B, fã de Tomás Paçó (Sporting) e que se mantém nas 'quadras' pelo “convívio e a amizade”, valores que prioriza no desporto.

Ainda assim, Raimundo também vai dando nas vistas pelo que faz em campo. No último fim de semana, por exemplo, bisou na estreia a vencer dos gafanhenses na fase de subida da 2.ª Divisão Distrital, mas até a forma como encara isso demonstra a influência do futebol na forma como vê o jogo: “Apesar de ser mais difícil no futsal, prefiro sempre não sofrer golos a marcar. Sempre foi assim e sempre vai ser assim”.

O fixo, de 24 anos, sente que, quando joga em casa, GD Gafanha B “acaba sempre por ser mais forte”. Já havia sido assim no empate com a AD Couto Mineiro (3-3), na segunda jornada da fase de subida. “Acho que merecíamos ter ganho, mas a vitória acabou por escapar”, considera.

Mesmo sendo “a única equipa que não pode subir” de divisão, uma vez que a equipa principal compete no Campeonato Grande Hotel de Luso e já não tem possibilidades de ser promovida aos Nacionais, o GD Gafanha B “trabalha para tentar alcançar mais vitórias”, contando até “com a ajuda de colegas que acabam por nem estar inscritos, mas que dão sempre uma ajuda nos treinos, todas as semanas”.

ADREP sobe à vice-liderança da fase de subida
A série de promoção da 2.ª Divisão Distrital de futsal continua a ser liderada pela ACD Gião, que venceu a ADC Vila Nova de Monsarros por 5-0, com Francisco Pereira a bisar. Segue-se a ADREP, a dois pontos de distância, que ultrapassou o Branca Activa SC na tabela após o ter derrotado por 3-7, num jogo em que Bernardo Oliveira e Rúben Almeida bisaram.

Nota ainda para o triunfo 'suado' do FC Arouca no pavilhão da AD Couto Mineiro, por 5-6, duelo decidido com um golo de Diogo Teixeira, a dois minutos do fim. Pelos paivenses, Tomás Rodrigues completou um 'póquer'.

Na Taça Complementar, AD Casal e CCDR Fundo de Vila, líderes da Série A, venceram o Always Young (2-9) e a ACR Vale de Cambra (3-0), respetivamente, na quarta jornada, marcada igualmente pelo empate entre GD Beira-Ria B e SC São João de Ver (4-4).

Na Série B, o CAP Alquerubim ganhou na casa da ADEC Futsal (1-3), enquanto os jogos SC Silvalde-GRC Telhadela e CC Barrô-AC Luso terminaram empatados a uma bola.

Fotografia
Direitos Reservados

12 de Março de 2025