O Beira-Vouga não vencia desde a jornada inaugural da 1.ª Divisão Distrital e contou com a inspiração de Tomé para, precisamente três meses depois, regressar aos triunfos no campeonato. “Com esta vitória vai subir a nossa autoestima”, acredita o avançado, de 22 anos, que bisou e assistiu Bolacha para o golo que iniciou uma reviravolta incrível no marcador.

O duelo com o Mosteirô FC poderia significar a aproximação do Beira-Vouga aos adversário diretos na luta pela permanência, mas o arranque foi pouco entusiasmante para o conjunto de Frossos, que aos 26 minutos já perdia por 2-0. “Estava a faltar um bocadinho de sorte, e ela apareceu neste jogo”, admite Tomé, que ofereceu o 2-1 a Bolacha já perto do intervalo.

Foi o início de uma cambalhota que ficou consumada com um golo de Diogo e o “bis” de Tomé, que recorda uma vitória muito festejada no balneário. “Foi como no ano passado, quando subimos de divisão. Precisávamos de uma vitória para animar”, refere.

Os três pontos tiraram o Beira-Vouga do isolamento da última posição, permitindo-lhe colar-se a Mosteirô FC e Famalicão na tabela. O grupo está unido e esperançado em deixar a zona de despromoção, mas para isso é necessário melhorar a pontaria.

“Já jogámos contra equipas que estão lá em cima na tabela, e fizemo-lo de igual para igual, mas não marcámos. Falhámos muito. Esta vitória pode ajudar a tranquilizar a equipa”, acredita Tomé, que nasceu, há 22 anos, em S. Tomé e Príncipe. Chegou a Portugal com 16, e fixou-se em Aveiro, onde mora com a tia. “Tenho gostado de estar cá, é tranquilo”, refere o jovem, que à custa do emprego numa empresa metalúrgica só consegue treinar com os companheiros em semanas intercaladas.

Isso não faz esmorecer o sonho de Tomé em chegar mais longe no futebol, ele que cresceu a apreciar o futebol de Lionel Messi e admira a postura em campo do companheiro Bolacha, “pela garra dele e porque dá sempre tudo”.

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Beira-Vouga