Paivense motivou Manuel Pinto a dar uma segunda oportunidade ao futebol

Esteve para deixar o futebol, mas acabou persuadido por António Correia, treinador do Paivense, a adiar a reforma. “Ganhei novamente o prazer por ir treinar, jogar e ajudar as pessoas que estão a tentar reerguer o clube”, confessa Manuel Pinto, autor de dois dos cinco golos com que o emblema de Castelo de Paiva derrotou o Oliveira do Bairro (5-2), na última ronda do Campeonato SABSEG.

Aos 31 anos, e com novo desafio laboral em mãos, o avançado estava decidido a deixar para trás o futebol. António Correia soube disso e ligou-lhe para dissuadi-lo dessa intenção. As conversas foram-se sucedendo e Manuel Pinto acabou por se mudar para Castelo de Paiva.

“Vou de Paços de Brandão. Não é uma viagem fácil, mas não me custa rigorosamente nada. É um prazer lá estar. O ambiente é totalmente diferente”, conta o atacante, que tem ajudado a equipa a distanciar-se da zona perigosa da tabela.

O último triunfo foi diante do Oliveira do Bairro, no Municipal da Boavista, uma espécie de forte que ainda ninguém conseguiu derrubar esta época, no Campeonato SABSEG. “Deve ter algum encanto”, assume Manuel Pinto, que não consegue explicar a invencibilidade caseira da equipa até este momento. “Poderá ser o piso, a dimensão do campo ou o facto de termos muitos jogadores da zona”, enumera.

Manuel Pinto bisou no último domingo, mas diz ter chegado a uma fase da carreira em que prefere pensar no coletivo. “É óbvio que estou muito contente por ter feito dois golos e ajudado a equipa, mas olho mais para o contexto coletivo, como ajudar os miúdos que estão a começar”, refere.

O avançado destaca a capacidade da equipa em reagir à desvantagem inicial, “sem se perder”, algo que se pode explicar com a experiência do plantel. “Mantivemos as nossas ideias e conseguimos dar a volta ao marcador. Temos jogadores com muita experiência e qualidade, que puxam os mais novos a seguirem os seus bons exemplos”, explica.

Até ao final da época, o Paivense procurará “olhar para cima (na tabela), nunca esquecendo quem vem atrás”. “Há quase dois meses que não perdemos, mas a dúvida de quantos vão descer obriga-nos a estar sempre atentos”, remata.

14 de Março de 2019
Rui Santos
ruisantos@afatv.pt
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