O sonho da Taça comanda a ambição da JuveForce

Seja de que distrito for, ou até mesmo a nível nacional, a Taça é uma prova propícia a epopeias de equipas que, por militarem em escalões inferiores, não são vistas, à partida, como favoritas a chegarem longe. Aveiro não é exceção. Certamente, muitos ainda se recordam da caminhada do estreante GD Ronda, do futebol popular de Espinho, até às meias-finais, na época passada, ou do trajeto do Beira-Mar, então na 2.ª Distrital, até à final, em 2016.

Os exemplos acumulam-se e, a cada ano que passa, há novas histórias para contar. Na atual edição da Taça Distrito de Aveiro, Prof. José Valente Pinho Leão, a JuveForce é último resistente do terceiro escalão do futebol aveirense, e não se pode dizer que tenha tido um trajeto fácil até chegar aqui. Depois de ter eliminado, nas duas rondas inaugurais, o Mealhada e o Válega, que seguem no pódio da zonal sul e norte da 2.ª Divisão, respetivamente, a equipa de Ponte de Vagos impôs-se ao líder da 1.ª Divisão, Fermentelos, e, nos oitavos de final, afastou o Paivense, do Campeonato SABSEG.

“A Taça acaba por ser o sonho que todas as equipas mais pequenas gostam de continuar a ter. Enquanto estivermos por lá, vamos tentar fazer um brilharete”, garante o capitão da JuveForce, Alex, para quem o facto de ter atuado a maioria dos jogos em casa foi meio caminho andado para o sucesso: “Jogar na nossa fortaleza dá-nos mais força”.

Foi isso que aconteceu no último domingo, quando o emblema de Vagos recebeu o Paivense, do principal escalão do futebol aveirense. “Tivemos a felicidade de o guarda-redes deles ter sido expulso à meia hora de jogo, o que facilitou um bocadinho a nossa tarefa. Depois, fomos fortes coletivamente e esperámos pelo erro do adversário”, explica o médio, de 26 anos, que aponta o “Canelas, que este ano chegou aos quartos de final da Taça de Portugal, ou o próprio Aves, que a ganhou há dois anos”, como exemplos de que tudo é possível neste tipo de provas.

Apesar de ser a única equipa da 2.ª Divisão Distrital presente no sorteio dos quartos de final da prova, Alex garante que ninguém está “eufórico” no balneário. “Tudo isto dá-nos uma avalanche de confiança para o que aí vem, não só na Taça mas, principalmente, para o campeonato, que é a nossa maior ambição”, explica o jogador, que decidiu ficar no clube após a queda da 1.ª Divisão, na época passada. “Este ano, até temos um plantel, a nível individual, mais forte do que o do ano passado. Talvez seja mais desafiante lutar por uma subida de divisão do que por uma manutenção”, justifica.

Há quatro épocas na JuveForce, Alex formou-se entre o Beira-Mar e o Gafanha, antes de se mudar para os espanhóis do Neiva FC, dos distritais de Vigo. “Foi um ano incrível. Quase não ia a casa, mas valeu bem a pena. Era o único português no plantel e fui muito bem acolhido”, recorda, ele que haveria de voltar ao Gafanha, onde se lesionou com alguma gravidade. “Foi quando o Vista Alegre me convidou para ir para lá e chegámos a subir de divisão”, recorda, naquela que foi a última etapa antes de se mudar para Vagos.

De referir que, para lá da JuveForce, estão apurados para os quartos de final da Taça de Aveiro a Ovarense, o Cesarense, o Canedo e o Alba, do Campeonato SABSEG, e o Calvão, o Mourisquense e o Vista Alegre, da 1.ª Divisão Distrital.

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31 de Janeiro de 2020
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