O sabor da solidariedade que temperou a vitória do Novasemente/Cavalinho

Numa semana de emoções fortes, e enquanto preparava o jogo com o Leões de Porto Salvo, a equipa de futsal feminino do Novasemente/Cavalinho arregaçou as mangas e aceitou o desafio do ACDR Arneiros, que apelou a todos os clubes da 1.ª Divisão Nacional para angariarem alimentos para o projeto “Cama Solidária”. Depois de ter entregado os bens, a equipa entrou na “quadra” e conquistou a primeira vitória na fase de apuramento de campeão.

Utilizando as redes sociais, a ACDR Arneiros, clube do distrito de Lisboa, publicou um vídeo em que promove uma recolha de alimentos e os entrega a profissionais de saúde em autocaravanas nos parques dos hospitais, para que estes possam descansar entre turnos. O projeto denomina-se “Cama Solidária” e permite, ainda, a doação de bens como vestuário, comida, lençóis ou almofadas.

No lançamento da campanha, as atletas da ACDR Arneiros apelavam a todos os competidores no escalão máximo do futsal feminino português que se juntassem à causa e, em pouco tempo, os plantéis deram as mãos em nome de um movimento que tem sido fundamental durante a pandemia de Covid-19.

O Novasemente/Cavalinho não quis ficar de fora e a capitã, Andreia Martins, conhecida no futsal como Suka, revela que “o plantel e a equipa técnica rapidamente conseguiram ajudar com comida”. “É muito importante ajudar. Enquanto jogadoras, também temos uma responsabilidade social. Há uma mensagem importante a passar para o público, sobretudo quando se trata de um ato de solidariedade. Temos de tentar fazer com que mais pessoas contribuam, porque não sabemos como vai ser o dia de amanhã e até podemos vir a ser nós a precisar”, explica.

O ato de solidariedade serviu para potenciar o espírito de grupo, algo que ficou bem evidenciado no último fim de semana, com a estreia a vencer do Novasemente/Cavalinho na fase de apuramento de campeão, por 5-3, na visita ao Leões de Porto Salvo.



Suka realça que o triunfo “pode significar um ponto de viragem da equipa, depois de um período menos bom”. “Foi um duelo entre duas equipas que ainda não tinham vencido nesta fase, e sabíamos o quão importante era conquistar os três pontos. Foi um jogo de muitas emoções e, felizmente, acabámos por vencer”, defende, recordando que “o plantel acabou por resistir a uma fase menos boa”.

“Passámos por um período de mudanças no plantel e na equipa técnica e também nos faltou sorte em alguns jogos. Agora, a equipa já tem os processos mais assimilados e joga melhor. Assim sendo, e com a moral da última vitória, não vamos desistir de nada e lutar para alcançarmos a melhor classificação possível”, garante.

A pivot, de 33 anos, está há oito temporadas no Novasemente/Cavalinho e não tem muitas dúvidas quanto ao seu futuro. “Eu gosto de estar no Novasemente e julgo que é lá que vou terminar a minha carreira. São oito épocas de constante evolução. O primeiro ano, então, foi fantástico, porque fui a melhor marcadora da equipa e conquistámos o campeonato nacional. Mais tarde, conquistei uma Supertaça. Esses momentos pesam para que se mantenha uma ligação forte ao clube”, conclui.

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24 de Fevereiro de 2021
Vítor Hugo Carmo
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