No domínio dos diminutivos e das alcunhas, já foi Paulito, agora é Messi. Chama-se Paulo Correia, acumula quase duas décadas de experiência no futsal e, na 3.ª jornada do Campeonato Grande Hotel de Luso, anotou um “hat-trick” que ajudou o CD Cucujães a vencer o Arada AC por 7-3. A conquista do campeonato é um sonho assumido para assinalar as 20 primaveras passadas nos pavilhões.

A aventura de Paulo Correia no futsal começou quando tinha 15 anos, depois de ter jogado futebol no CD Arrifanense e na AD Valecambrense. Foi convidado para experimentar a modalidade no GDC Codal, de Vale de Cambra, e não demorou a fazer jus ao lema “chegar, ver e vencer”. Ainda com idade de juvenil, afirmou-se na equipa sénior e nunca mais voltou a jogar num escalão de formação. O seu talento conduziu-o a duas épocas no Azagães, passando para a ACR Vale de Cambra, então comandada por Ricardo Canavarro.

“A alcunha vem dessa altura. Eu era baixinho e antes já me chamavam Paulinho por causa disso. Quando se aperceberam das minhas habilidades e de como me destacava no um para um começaram a chamar-me Messi. Apesar disso, eu sempre fui fã do Cristiano Ronaldo”, recorda, ele que conquistou um campeonato distrital e uma Supertaça de Aveiro pela formação de Vale de Cambra.

Messi acabou por regressar ao Azagães, onde conquistou mais um título distrital, e teve ainda uma passagem pelo CD Arrifanense. Agora no CD Cucujães, o ala, de 34 anos, completou mais um “hat-trick”, entre os muitos alcançados na carreira, e aceita que o início de época da sua equipa é empolgante. “Temos o melhor ataque e uma das melhores defesas. Desde o início da competição que ultrapassámos a marca dos cinco golos por jogo. Tudo isso é fruto do nosso trabalho semanal”, garante, ele que se considera “um jogador mais de ataque, que gosta do um para um”. “Obviamente que também ajudo a defender, mas está claro que sempre apreciei fazer golos”, admite.

O ala revela que seguiu o percurso do CD Cucujães ainda antes de ingressar no clube e tem a expetativa de ajudar a formação de Oliveira de Azeméis a “grandes conquistas”. “Cheguei a ter o convite de três clubes para jogar no Nacional, mas o Cucujães tem uma massa adepta fantástica, que infelizmente ainda não pode apoiar-nos no pavilhão, e tem também alguns jogadores que já conhecia. Além disso, no futsal distrital também tenho mais tempo para estar com a família. Acima de tudo, temos um grupo unido e forte. Ambição para ganhar não nos falta”, sublinha, acrescentando que seria “um sonho” festejar duas décadas no futsal com a conquista de um título.

“Pelo que tenho visto, temos legitimidade para ambicionar a conquista do campeonato. Para já, o objetivo é ficar no pódio para garantirmos desde logo a manutenção. Se o conseguirmos, vamos lutar com tudo pela conquista do campeonato”, conclui.

Fotografia
Direitos Reservados