No acreditar esteve o ganho do Mourisquense na reviravolta diante do CRAC

A única reviravolta da 12.ª jornada da 1.ª Divisão Distrital foi notável e teve em João Ricardo o rosto principal. O avançado, de 33 anos, saltou do banco, bisou e foi preponderante para a recuperação da desvantagem de dois golos com que o Mourisquense chegou ao intervalo do jogo com o CRAC. “Acreditar, foi essa a palavra mais ouvida no balneário”, conta o atleta, que aponta a objetivos ambiciosos para a presente temporada.

Quando chegou o intervalo no Estádio Manuel Castro Azevedo, em Mourisca do Vouga, a situação era complicada para a equipa da casa, que perdia por 2-0. No balneário, “a conversa não foi muito diferente do que é habitual” e teve como mote “entrar na segunda com o mesmo objetivo com que iniciámos o jogo, que era ganhar”, explica João Ricardo, que foi lançado pelo seu treinador, Carmindo Dias, para o segundo tempo.

“Ele disse que nada estava perdido e que poderíamos dar a volta. Bastaria acreditarmos”, ideia à qual a equipa se agarrou para dar uma resposta forte na etapa complementar. João Ricardo reduziu num lance confuso e Paulo Monteiro igualou pouco depois, deixando o resultado em aberto. Aos 82 minutos, um lance bem desenhado pelo lado esquerdo acabou na cabeça de João Ricardo, que desviou ao primeiro poste para o 3-2.

Ao ver a bola ultrapassar a linha fatal, mais do que alívio, a equipa do Mourisquense imbuiu-se de “um espírito de dever cumprido”, até porque, “em casa, tínhamos de vencer”, explica o avançado. “Pela maneira que foi, com uma ‘remontada’, foi uma alegria imensa”, completa.

Para João Ricardo, “o Mourisquense é uma equipa da Divisão de Elite”, à qual a equipa luta por regressar já na próxima época, depois da despromoção na temporada passada. “Ainda falta muito campeonato. A palavra acreditar está sempre presente”, aponta o atacante, para quem é importante acertar o passo nos jogos “fora, mas também em casa, onde já perdemos pontos que não deveríamos ter perdido”. “Todos os jogos são difíceis, mas temos tido melhores resultados contra equipas que, na teoria, são candidatas como nós. Somos candidatos e temos de entrar em campo sempre para somar os três pontos”, sublinha.

Aos 33 anos, o avançado continua a fazer do futebol um escape ao quotidiano. Para trás fica uma carreira iniciada no Fermentelos, onde se sagrou campeão distrital de juniores, e uma aventura no Anadia, no Campeonato Nacional de Seniores, o atual Campeonato de Portugal. Os restantes anos foram passados no Mourisquense, clube que lhe arrebatou o coração.

19 de Dezembro de 2019
Rui Santos
ruisantos@afatv.pt
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