Nem a gripe trava a inspiração de Edu no Paivense

Edu tem um compromisso com o futebol, e não é uma gripe qualquer que o demove de o cumprir semana após semana. Aos 38 anos, o seu talento continua a perfumar os relvados, tal como o comprova o golo apontado ao Esmoriz no último domingo, num chapéu do meio-campo. “Já tinha marcado em jogos-treino, mas em jogos oficiais foi o primeiro”, assume o médio do Paivense, que também vai dando os primeiros passos como treinador.

Foi um dos golos icónicos da 15.ª jornada do Campeonato SABSEG, e teve na sua génese uma leitura perspicaz feita por Edu. “Já tinha reparado, noutros momentos, que o guarda-redes jogava bastante adiantado. Ali, tinha uma boa oportunidade para tentar”, e o remate saiu direitinho para o fundo da baliza do Esmoriz.

Para tornar a situação ainda mais especial, o médio jogou debilitado por uma gripe que o impediu de treinar normalmente na semana que antecedeu o jogo. “O míster e a equipa precisavam de mim, e eu tinha de fazer um esforço. Tinha de dar o meu melhor durante o tempo que conseguisse, e foi o que fiz”, conta, ele que foi até ao limite das suas forças: “Tive de pedir para sair durante o jogo porque tinha bastante dificuldade em respirar. Já estava a ficar sem força”.

O golo deu vantagem aos azuis diante do Esmoriz, mas ainda não foi desta que o emblema de Castelo de Paiva se estreou a ganhar fora de portas no Campeonato SABSEG. “O que falta? Umas vezes sorte, noutras mais empenho”, refere o médio, que decidiu, no início da temporada, regressar ao Paivense. “É um clube que me diz muito, e permitia-me ficar perto de casa, para estar mais tempo com a família”, embora isso nem sempre seja possível.

É que, para lá do papel de jogador, Edu assumiu o comando técnico dos juniores do clube, naquela que é a sua primeira experiência nos bancos. “Não pensava que acontecesse já, porque a minha vontade ainda é jogar, mas o clube pediu-me e aceitei. Está a correr bem”, refere, ele que procura transmitir aos mais novos “os valores e a experiência” que adquiriu ao longo da carreira.

Aos 38 anos, o médio ainda não pensa na reforma. “Tenho a ambição de querer sempre mais e de mostrar que, mesmo com a minha idade, ainda sou capaz. Quando perder isso é melhor pendurar as botas, mas não penso nisso tão cedo”, assume, ele que trabalha numa vidaria desde 2008. “Os patrões são meus amigos, da terra onde nasci, e estou lá bem. É difícil conciliar, porque, por vezes, o cansaço é muito, mas quando fazemos o que gostamos continuamos”, remata.

10 de Janeiro de 2019
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