“Não imaginava um pleno de vitórias”

Para o Oliveira do Bairro, melhor seria difícil no arranque da atual temporada. Ao cabo de sete jornadas, os Falcões do Cértima só sabem ganhar na 1.ª Divisão Distrital, e vão bem lançados para alcançar o objetivo declarado de regressar, já na próxima época, ao Campeonato Safina. Marito, o melhor marcador da equipa, aplaude o bom início da equipa e espera manter o ritmo.

A queda ao segundo escalão de Aveiro, na última temporada, foi um momento duro para o Oliveira do Bairro, mas o clube não esmoreceu e parece apostado em dar a volta por cima. O início de campeonato assim o demonstra, com um registo imaculado, que lhe vale a liderança isolada da prova.

Uma das principais figuras da equipa tem sido Mário Ferreira, Marito nas quatro linhas, ele que “acreditava num bom início de época”, mas “não imaginava um pleno de vitórias” nesta altura da época.

A série de sete triunfos consecutivos constitui um recorde pessoal para o médio, cujo o anterior máximo de jogos seguidos a ganhar “foram cinco, no Anadia”. Aos 30 anos, depois de uma carreira construída nos campeonatos nacionais, Marito estreia-se em provas distritais. “Não foi uma decisão fácil”, admite, “não por uma questão de desprestígio”, mas porque as questões pessoais e profissionais ganham maior relevo à medida que os anos passam. “Tinha a hipótese de continuar no Pampilhosa, no Campeonato Safina. Ponderei a situação, mas não sou profissional, tenho família e devo pensar um pouco no futuro”.

Com o dia a dia passado entre o Centro Social e Paroquial da Moita, onde trabalha com idosos e crianças, e o ginásio LFitness, Mário, formado em Ciências do Desporto, optou por juntar o útil ao agradável, e acabou convencido pelo projeto do Oliveira do Bairro, um clube “perto de casa, que permite conciliar o futebol com o trabalho”.

Baixar ao segundo escalão de Aveiro não foi problema, mesmo que “a diferença de qualidade seja um bocadinho notória” nos adversários que já defrontou. Quanto a objetivos, o de lutar pela subida de divisão “é inquestionável, até porque este clube merece, pelo histórico que tem”. Depois, há a Taça de Aveiro PECOL, “uma boa prova para podermos mostrar aquilo que podemos fazer”, sobretudo se encontrarem pelo caminho equipas do Campeonato Safina, pois, “se tudo correr como desejamos, para o ano estaremos nessa divisão, e é interessante saber o potencial da nossa equipa”.

A nível indiviudal, Marito está com o pé quente. Leva quatro golos na 1.ª Divisão Distrital, e está a apenas um de igualar o melhor registo da carreira, quando marcou cinco golos ao serviço do Anadia, em 2009/2010. “Nunca fui de fazer muitos golos”, começa por dizer, mas admite que gosta de “aparecer na área”. “Também tive a felicidade de marcar dois penáltis, e os restantes foram mais por estar no sítio certo, à hora certa”, acrescenta, ele que, esta época, tem atuado em posições mais ofensivas, “o que pode ajudar a explicar” a produtividade.

A ideia “é fazer mais” golos, que ajudem a potenciar “um plantel com grandes valores”, composto por “um misto de jogadores com muita experiência e outros bastante jovens, que podem ter uma carreira auspiciosa”.

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8 de Novembro de 2017
Rui Santos
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