O modelo intensivo do curso de treinadores de futebol UEFA B, promovido pela Associação de Futebol de Aveiro (AFA), voltou a revelar-se um sucesso. Entre os dias 30 de maio e 15 de junho, cerca de 50 treinadores, entre os quais alguns futebolistas internacionais, reuniram-se no Luso, no concelho da Mealhada, para dias de intensa partilha de conhecimentos e vivências.

João Moutinho, médio internacional português que atua no SC Braga, fala numa “boa experiência”, explicando que decidiu inscrever-se na formação para “ter o curso se quiser ser treinador” no futuro. Já Andreas Samaris, internacional grego que, aos 35 anos, colocou um ponto final na carreira de futebolista, confessou que “o processo de passagem de jogador para treinador foi muito tranquilo e sério”, depois de ter elogiado a postura dos formadores ao longo do curso: “Foram sempre sérios e responsáveis em relação ao processo de ensino. Foi uma experiência muito positiva”.

Igualmente internacional, mas por Angola, André Macanga, hoje com 46 anos, prossegue o objetivo de “poder ser um bom treinador”, motivo pelo qual decidiu inscrever-se no modelo intensivo do curso UEFA B desenhado pela AFA. “Nesta formação estamos sempre a aprender. Tivemos um grupo fantástico, trocámos muitas experiências e isso faz-nos crescer. Vamos sair daqui com conhecimentos sobre os quais, se calhar, quando éramos jogadores, não tínhamos a mesma perceção”, completou.

Firmino Santos, técnico especializado no treino de guarda-redes, ressalva que a AFA é a “única associação do país que tem este curso intensivo” no nível UEFA B, modelo que vê como “uma vantagem porque permite não perder os treinos para poder participar” na formação.

As virtudes do modelo intensivo foram igualmente assinaladas por Tatiana Abrantes, atleta do NEGE. “Podemos fazer a época completa e não temos de ter aulas à noite. Depois, o facto de ser em 15 dias e de estarmos todos os dias com pessoas, a partilhar experiências, já nos faz crescer muito, para além das aulas”, explicou a futebolista, de 25 anos, para quem poder evoluir ao lado de “jogadores internacionais, com tanta experiência no mundo do futebol, é uma experiência única na vida”.

Quanto a Everton, goleador que, em Aveiro, se destacou ao serviço do SC Paivense, da ADC Lobão e da AD Ovarense, pretende, aos 41 anos, “iniciar um novo ciclo”, agora no papel de treinador, razão pela qual decidiu inscrever-se no curso. “Acredito que posso usar a minha experiência de muitos anos de futebol profissional como treinador. Aqui, aprendi coisas que pensava que já sabia, não só com os professores, mas também com os colegas de curso”, notou.

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