Todas as histórias têm um final. A de Mauro no Cesarense teve o seu epílogo no último domingo, com direito a uma homenagem em pleno relvado do Mergulhão. Nada seria de mais para um jogador que ajudou o clube a crescer com golos, muitos golos aliás, que fizeram dele o artilheiro do Campeonato Nacional de Seniores há duas épocas.

Foram cinco temporadas a vestir de negro e branco, divididas por duas passagens pelo clube, suficientes para Mauro inscrever o seu nome no livro de honra do Cesarense. “Sempre teve um comportamento exemplar. Sem dúvida que vai deixar saudades”, confessa Pedro Rodrigues, presidente do emblema de Cesar, que realça o “feito único na história do Cesarense” alcançado pelo avançado, “ao tornar-se no melhor marcador do Campeonato Nacional de Seniores em 2014/2015”, com 19 golos.

O adeus foi consumado no intervalo do jogo entre Cesarense e Oliveirense, no passado domingo. “Fizemos a apresentação de todas as equipas da formação, como estava previsto. Depois de todas estarem perfiladas, chamamos o Mauro. Todos os atletas receberam um prospeto com o percurso dele e o que levava àquela homenagem, e foi-lhe oferecida a camisola com que conseguiu o feito de melhor marcador do CNS, autografada pelos elementos da direção”, conta Pedro Rodrigues.

O gesto tocou forte no coração de Mauro. “Fiquei sensibilizado. Foi a primeira vez que tive uma homenagem deste género. Fez recordar os bons momentos que passei lá”.

E foram muitos. “Logo na primeira época, conseguimos uma marca histórica para o clube, que foi a melhor classificação do Cesarense nos campeonatos nacionais”, recorda, ressalvando “os golos” que marcou. “Eles vão ficar sempre na memória. Festejar um golo é qualquer coisa”, completou.

Continuar a jogar está nos planos
O respeito pelo Cesarense fê-lo tomar a iniciativa de conversar sobre o seu futuro com o presidente do clube. “A nível pessoal, as coisas já não me estavam a correr como desejava, e à equipa também não. Já não sentia ânimo nem força para continuar. Sentia que não estava a ser como poderia ser”, conta.

Com 34 anos, Mauro entende que já não terá “tantos anos pela frente no futebol”, mas admite que “gostava de continuar a dar uns chutos, se calhar mais a nível distrital”.

Para trás ficam anos de sucesso, repartidos por todos os emblemas que representou: “Em todos os clubes que joguei, subi. Foi no Sp. Paivense, no Arouca, no Cinfães, no Cesarense e no Lusitânia de Lourosa. Para mim, isso é espetacular”.

Gafanha volta à liderança da Série D
No campo, permanece a seca de vitórias do Cesarense, que ainda não venceu na Série C. No dérbi de Oliveira de Azeméis com a Oliveirense, que marcou a estreia do técnico Manuel Monteiro, a equipa de Cesar empatou a um golo. Fabian Cuero adiantou os visitantes, tendo Torres empatado aos 71 minutos.

Na liderança surge, agora, a Sanjoanense, que venceu o Moimenta da Beira (4-2) e aproveitou a escorregadela do Salgueiros na casa do Sousense (1-0). André Pereira foi a figura da vitória alvinegra, ao completar um hat-trick.

Já o Estarreja, foi surpreendido, em casa, pelo Gondomar (3-1). Kiko e Penantes marcaram pelos forasteiros logo a abrir. Alex reduziu no arranque da segunda metade, mas Penantes haveria de bisar perto do final.

Na Série D, o Gafanha impôs a primeira derrota no campeonato ao Anadia e escalou à liderança da tabela. Mino, já perto do final, apontou o único golo da partida.

Quanto ao Águeda, empatou a duas bolas na receção ao Mortágua. O Recreio esteve a perder, deu a volta em poucos minutos, por Samer e Zé Bastos, mas levou com um balde água gelada na compensação, quando Tagui igualou o resultado.

De referir que o Pampilhosa já havia perdido com a Académica/SF (1-0), num jogo que se realizou no dia 28 de agosto.

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