O Arouca foi a única equipa do distrito de Aveiro presente na segunda eliminatória a seguir em frente na Taça de Portugal, um feito para o qual contribuiu Hélder Ferreira, autor de dois dos golos com que os arouquenses derrotaram o Saavedra Guedes (5-2). “Dei tudo o que podia”, salienta o ala, que se desfaz em elogios ao futsal de Aveiro: “É um distrito que respira a modalidade”.

Hélder puxa um pouco a fita atrás para recordar “um jogo equilibrado”, decidido no pormenor. “O Saavedra também podia ter passado a eliminatória. Na parte final, eles arriscaram com o guarda-redes avançado e nós dilatámos a vantagem. Taticamente estivemos irrepreensíveis”, explica o atleta, feliz por ter ajudado o Arouca a seguir em frente na Taça de Portugal.

“Dei tudo o que podia, tanto a atacar como a defender”, refere um dos melhores marcadores da atual edição da Taça de Portugal. O ala aceita a ideia de “ser especial ajudar a equipa com golos”, mas eles só fazem sentido se o desfecho for um triunfo para o emblema que defende: “Não vivo só para os golos. Houve alturas em que isso foi importante, mas agora só o é quando se ganha”.

A segunda ronda foi complicada para os clubes de Aveiro na competição, já que apenas o Arouca se apurou para a próxima eliminatória. “É bom por termos passado, mas não ficamos contentes por os outros clubes terem ficado pelo caminho. Quantas mais equipas do distrito passassem seria melhor”, refere Hélder, natural do Porto mas com uma forte ligação afetiva a Aveiro. Isso ficou bem patente quando, a meio da época passada, decidiu trocar o Unidos Pinheirense, da Liga SportZone, pelo Arouca, o qual ajudou à conquista do título no Campeonato Grande Hotel de Luso. “É um distrito onde gosto de estar e jogar. A nível do futsal, a AFA está a dar uma projeção enorme à modalidade e aos jogadores”, explica, ele que também já passou por ACR Vale de Cambra e Futsal Azeméis.

O ala espera que a vitória na Taça de Portugal dê um impulso à carreira dos arouquenses na Série C da 2.ª Divisão Nacional, na qual é oitavo classificado. “Tem sido um campeonato equilibrado. Já não perdemos há uma série de jogos, mas temos alguns empates”, atira, enquanto lembra que o Arouca se estreia em campeonatos nacionais, “com jogadores que nunca tinham jogado aí, e isso pode condicionar aqui e ali na fase das decisões”. “Ainda assim, conseguimos estar na luta e com os nossos objetivos bem presentes. Vamos ver se melhoramos os resultados no campeonato com esta vitória”, remata.

Ronda dura para equipas aveirenses
A vitória do Arouca no duelo aveirense com o Saavedra Guedes (5-2) foi a única nota positiva no rescaldo da participação de equipas do distrito na segunda ronda da Taça de Portugal. A jogar perante o seu público, os arouquenses estiveram a perder, marcou Kanigia, mas deram a volta por Cereja, João Vilar e Hélder Ferreira. Nando Sá ainda recolou o Saavedra na discussão na eliminatória, mas Armando Ferreira e novamente Hélder Ferreira selaram o apuramento dos canarinhos.

Na visita ao pavilhão do Freixieiro, o Ossela foi derrotado por 7-4, num jogo em que esteve sempre a correr atrás do resultado. Dylan, Tiago Silva, Diogo Costinha e Dany Nogueira foram os autores dos golos dos oliveirenses.

O Silvalde perdeu com o Contacto (5-0) e o Dínamo Sanjoanense foi afastado da prova pelo São Mateus (7-4). Os forasteiros já venciam por 3-0 ao intervalo, tendo gerido essa vantagem ao longo do segundo tempo. Pelos de S. João da Madeira marcaram Leandro Estrela, Pedro Sousa, Miguel Ribeiro e Rui Rodrigues.

Por seu turno, o Covão do Lobo foi derrotado no pavilhão do Olho Marinho por 7-1. Hugo Simões, no arranque da segunda parte, apontou o tento de honra dos Lobitos.

Quanto ao Arrifanense, que compete no principal escalão do futsal aveirense, perdeu, em casa, diante do Mogadouro (3-1). Piro ainda deu vantagem aos verde e brancos, mas os forasteiros deram a volta na etapa complementar.

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