Golo decisivo, acrobático e emotivo de Camará devolve FC Pampilhosa às vitórias no seu estádio

Com uma finalização acrobática, Siriki Camará selou o regresso às vitórias caseiras do FC Pampilhosa no Campeonato SABSEG, quatro jornadas depois. Foi um momento importante, mas que teve uma celebração contida, pelo jogo ter marcado o reencontro do ponta de lança costa-marfinense com o Fiães SC, um clube que, confessa, ficou no seu coração.

Há três épocas, Camará decidiu aventurar-se pela primeira vez no Campeonato SABSEG. Fê-lo em Fiães, onde deixou a sua marca, com 13 golos em 29 jogos. “Os adeptos até tinham uma música para mim, quando marcava”, recorda, entre sorrisos. No último domingo, reencontrou-se com os fianenses, mas do outro lado da contenda, acabando mesmo por marcar o golo que garantiu o triunfo ao FC Pampilhosa. Um momento emotivo, mas celebrado de forma comedida. “O Fiães cuidou bem de mim. São todos muito simpáticos e gostava bastante deles. Por isso, não festejei o golo”, conta.

A finalização foi, digamos, pouco ortodoxa. Na recarga a uma defesa incompleta do guarda-redes adversário, Camará mostrou bons reflexos e uma agilidade apurada para, de costas para a baliza, rematar para o único golo do jogo. “Foi instinto de avançado”, diz, num lance em que o costa-marfinense até adivinhou o golo, mas não o seu. “Quando o cruzamento saiu para o Machado, como ele é muito bom de cabeça, pensei que seria golo dele. Quando vi a defesa do guarda-redes do Fiães, não tinha outra opção que não aquele remate acrobático”, conta.

A vitória, num “jogo bastante difícil”, encerra uma sequência de quatro partidas consecutivas dos 'ferroviários' sem vencer no seu estádio para o campeonato e reforça a ambição da equipa em “ficar no top 5” da classificação, no final da temporada. “Entramos em cada jogo para ganhar. O nosso objetivo é sempre olhar para cima”, sublinha Siriki Camará.

Em Portugal desde os seus 16 anos, o avançado despontou nas camadas jovens Académica, estreou-se como sénior em Anadia, na extinta 2.ª Divisão B, e brilhou por diversos clubes nacionais. Ao longo da carreira, nunca saiu de Portugal, um país que o recebeu de braços abertos e pelo qual desenvolveu uma afinidade especial.

“Podia ter ido para a Moldávia, por exemplo, mas nunca quis sair de um país que conheço bem. Estou sozinho em Portugal, mas conheço as pessoas cá, que são boas e me ajudam bastante”, explica o goleador, hoje com 31 anos.

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Futebol Clube Pampilhosa

14 de Março de 2024
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