Golo com dedicatória especial de Leo Araújo resolve "jogo difícil" para o SC Espinho

O regresso aos triunfos em casa do SC Espinho para o Campeonato SABSEG ficou selado por Leo Araújo, defesa central com grande afinidade pelo golo, que chegou a disputar o Brasileirão, em 2012, e, na última década, fez carreira nos campeonatos nacionais. Aos 32 anos, o futebol já não é uma atividade a 'full time', no seu dia a dia, mas a ambição continua intacta.

Recordando o “jogo difícil” diante do SC Bustelo, Leo Araújo destaca a “força para lutar” demonstrada pela equipa depois de ter sofrido o golo do empate ao minuto 86. “Quando sofremos o golo, a malta apoiou-se e acreditávamos que ainda era possível ganhar o jogo. Foi o que aconteceu”, nota.

Os festejos, com dedicatória especial para a tia, que faleceu na sexta-feira anterior ao jogo, aconteceram em comunhão com os adeptos, tal como havia acontecido quando se estreou a marcar pelos 'tigres', há um mês, na receção ao CD Paços de Brandão.

Nessa ocasião, Leo percorreu o campo de uma ponta à outra para celebrar ao lado da claque. “Desde que vim para o Espinho, sabia da força da 'torcida'. Já tinha na minha cabeça que, quando marcasse o meu primeiro golo, independentemente de onde a claque estivesse, ia até lá. Fiquei mesmo feliz por ter marcado e comemorado daquele jeito”, recorda.

O triunfo diante do SC Bustelo, por 2-1, foi o segundo do SC Espinho pela margem mínima nos jogos em casa, aos quais se junta um nulo frente ao SC Vista Alegre, naquele que é, até ao momento, o único desafio em que os espinhenses cederam pontos, esta época. “Infelizmente, o Espinho não tem o seu estádio para jogar. Usamos o campo do Nogueira (da Regedoura) e sentimos um pouco de dificuldade”, explica Leo Araújo, que apressa-se a acrescentar: “Temos de ultrapassar isso e fazer dali a nossa fortaleza, porque ainda vamos ter muitos jogos lá e temos de nos adaptar o mais rápido possível para conseguirmos resultados positivos”.

A décima temporada seguida no futebol português de Leo coincide com a sua chegada ao Campeonato SABSEG, depois de ter ajudado o SC Coimbrões a conseguir a 'dobradinha' nos distritais da AF Porto. A época passada foi também a primeira em que conciliou a carreira de futebolista com um emprego na área da construção civil. “Às vezes, a vida não corre como a gente espera. Tenho um filho, tive uma lesão, surgiu uma oportunidade de trabalho e tive de optar. Não me arrependo. Foi um 'tiro no escuro', mas fiquei orgulhoso da minha decisão. E continuo a fazer isso”, conta.

Para trás fica uma carreira que começou de forma auspiciosa, ainda no Brasil. Com 20 anos, fez parte do plantel do Náutico, que disputou o Brasileirão. “Foi o ponto alto da minha carreira. Aprendi muito mas, infelizmente, as coisas não correram como estava à espera. É a vida. Segui em frente”, diz.

Chegou a Portugal em 2015, para o 1.º Dezembro, de Lisboa. “Fui bem recebido, mas foi quando vim para o Porto e conheci pessoal do Norte que gostei ainda mais de Portugal. Sinto-me bem e estou muito feliz”, atira o fã do internacional brasileiro Thiago Silva, “pela sua determinação, foco e posicionamento, entre outras coisas”, e do espanhol Sergio Ramos, “principalmente, pelos golos que marca”.

Fotografia
Sporting Clube de Espinho | Rickgarzon

17 de Outubro de 2024
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