GD Beira-Ria nunca duvidou do projeto e chega à 3.ª Divisão Nacional com ambição

O GD Beira-Ria alcançou, “com distinção”, o objetivo de subir à 3.ª Divisão Nacional, depois de vencer a Série B da Taça Nacional de futsal masculino. Foi o culminar de um projeto consolidado por seis anos de trabalho, que nem as desilusões que o intermediaram foram capazes de fazer abanar. “Este é um clube de uma terra muito pequena do concelho de Ílhavo, mas tem pessoas com uma alma muito grande”, atira Fernando Rocha, treinador da equipa, que já aponta ao futuro: “O céu é o limite, mas temos os pés bem assentes na terra”.

O final do derradeiro jogo da Série B da Taça Nacional, diante do Maia FC (3-3), abriu caminho aos festejos de um feito há muito ansiado pelo clube da Gafanha do Carmo, apenas possível pela confiança demonstrada pelos seus responsáveis, sobretudo, nos momentos de maior complexidade. Foi assim, por exemplo, quando a equipa caiu à 2.ª Divisão Distrital, há seis anos. “Cheguei num contexto difícil. Não consegui ajudar nesse ano, mas as pessoas continuaram a acreditar em mim”, lembra Fernando Rocha, que devolveria o GD Beira-Ria ao Campeonato Grande Hotel de Luso na época seguinte.

Três anos de aprendizagem depois, a equipa celebra a subida aos nacionais, não sem antes ter de lidar com uma nova frustração. Na temporada passada, o clube viu a promoção à 2.ª Divisão Nacional abortada por não cumprir com o requisito de ter em atividade escalões de formação. “Foi uma situação pensada e ponderada antes de termos alcançado esse feito desportivo, assumimos isso”, aponta Fernando Rocha. A ideia passava por “trabalhar a equipa sénior” para, este ano, “com dois ou três elementos que vieram acrescentar valor”, atacar esse objetivo com maior vigor.

O percurso foi exigente, sobretudo pelas “condições difíceis” impostas pela pandemia de Covid-19, que obrigaram, inclusivamente, a uma reformulação do modelo competitivo da prova que classificou o GD Beira-Ria para a Taça Nacional. “Disputámos uma final 8 antes de irmos para uma Taça Nacional em que foram apuradas as melhores dez equipas”, lembra o treinador, que elogia os “17 magníficos” que materializaram, em campo, os anseios das gentes da Gafanha do Carmo.

Durante todo o percurso, “nunca esmorecemos, porque houve sempre pessoas que nos puseram para cima e mostraram que as derrotas são aprendizagens”, elogia Fernando Rocha, que está preparado para dar seguimento ao projeto do clube. “O clube vai a eleições. Se continuarem a apostar em mim, temos tudo preparado para começar a trabalhar”, assegura, garantindo que a base da equipa será a que subiu à 3.ª Divisão Nacional. “Consolidar o clube para, depois, poder dar um passo em frente” é o desafio para os próximos anos, com a certeza de que, com estabilidade, todos os objetivos são alcançáveis.

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23 de Junho de 2021
Rui Santos
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