Pode não ser um grande goleador, segundo o próprio, mas quando marca o impacto é notório. Um ano e meio depois, Nando Sá voltou a bisar com a camisola do CD Arrifanense, contribuindo de forma decisiva para o regresso às vitórias dos 'verde e brancos' no Campeonato Grande Hotel de Luso, na casa da ARCA (2-4). “É bom marcar golos”, confessa o ala, para quem praticar futsal tem o mesmo efeito de uma ida ao psicólogo, por ajudar a lidar com os afazeres e obrigações do dia a dia.

“Não sou um grande goleador, mas acabou por acontecer”, confessa o ala ao recordar um 'bis' construído com um golo em cada parte, ambos “ao primeiro toque”. “Ao intervalo, quando saía do balneário, disse a um colega que, na segunda parte, ia fazer o segundo, porque já não fazia dois golos no mesmo jogo há algum tempo”, conta, satisfeito por o desejo se ter concretizado.

Na Aguada de Baixo, “o Arrifanense podia, na primeira parte, ter dilatado a vantagem e feito um jogo mais confortável”, sente Nando Sá. O 1-2 que se registava ao intervalo deixou tudo em aberto para uma segunda parte “bastante aguerrida, com muitas faltas, picardias e uma bancada bastante empolgada”, da qual a equipa de Arrifana saiu por cima. “Pela nossa qualidade de jogo, fomos uns justos vencedores”, defende.

Depois de já ter defrontado “uma boa parte dos adversários que estão na parte de cima da tabela”, o CD Arrifanense pretende continuar a ser “competitivo, de forma a poder estar o mais alto possível (na classificação) no final do campeonato”, diz Nando Sá, que elogia um “plantel forte, coeso”, capaz de “se bater com todas as equipas do campeonato, com jogadores experientes e jovens que estão a mostrar-se e têm bastante potencial”.

Até ver, o clube do concelho de Santa Maria da Feira tem alcançado melhores resultados fora de casa, registo que Nando Sá analisa como sendo consequência da “forma como nos adaptamos aos adversários”. “Não está particularmente ligado ao facto de estarmos a jogar em casa ou fora. É ótimo jogar perante os nossos adeptos. Lutamos sempre por ter as vitórias no nosso lugar de conforto, mas efetivamente temos perdido alguns jogos em casa. Temos de contrariar isso num futuro próximo”, refere.

Pelo meio houve ainda a eliminatória da Taça de Portugal Placard perdida para o Amarense (5-2), num “jogo atípico, contra uma equipa muito forte fisicamente e com bons jogadores”, recorda o ala. Após ter sofrido o 4-0, no início da segunda parte, o CD Arrifanense soltou-se na 'quadra' e criou “bastantes oportunidades, mas o guarda-redes do Amarense fez um jogo inacreditável”. “É sempre uma bela experiência. É uma competição que já disputei muitas vezes e foi um prazer enorme fazê-lo pelo Arrifanense”, acrescenta o jogador.

Aos 33 anos, Nando Sá ainda não imagina o fim da carreira. “Todos os anos digo que vai ser o último, mas isto continua a ser o meu escape, o meu psicólogo. Poder chegar ao fim do dia e estar com os meus amigos a fazer o que gosto é um privilégio muito grande. Enquanto me sentir competitivo e capaz de lutar por vitórias, seja em que nível for, continuarei a jogar”, partilha o ala, que considera o internacional português Zicky Té “o melhor jogador que alguma vez se viu”.

FC Mozelos foge na vice-liderança
No topo do Campeonato Grande Hotel de Luso continua um Lusitânia de Lourosa FC que só sabe ganhar nesta temporada e já leva cinco jogos sem sofrer golos, nas oito primeiras jornadas da competição. Na receção à AD Arsenal de Canelas, Nelson Coelho e Vigário construíram o triunfo lourosense por 2-0.

O FC Mozelos, que bateu o GCR Ossela by BTL por 2-1, isolou-se na segunda posição, tirando partido do empate entre FC Barcouço e AJ Fiães (3-3).

Já a ACD Azagães derrotou a CP Esgueira por 4-1, enquanto os jogos AD Travassô-Novasemente GD (2-2) e CRECUS-GD Gafanha (1-1) terminaram empatados.

Fotografia
Clube Desportivo Arrifanense Futsal