A Associação de Futebol Popular do Concelho de Espinho (AFPCE) decidiu não arrancar com os seus campeonatos esta temporada, devido aos constrangimentos impostos pela pandemia do novo coronavírus. “Não estão reunidas as condições necessárias do ponto de vista da saúde pública”, justifica o presidente da instituição, Tiago Paiva, que aponta à apertada janela temporal existente para se poderem disputar as provas como mais um fator inibidor ao arranque da temporada.

Depois de, em dezembro do ano passado, ter admitido que os campeonatos poderiam começar em fevereiro, “feitos a uma volta, com fator casa aleatório e subidas e descidas de divisão, e com as eliminatórias da Taça disputadas na totalidade”, o presidente da AFPCE acabou por ver-se forçado a rever os planos. “A situação do estado de emergência que neste momento vigora no país leva-nos a ainda não ter uma garantia de que possamos realizar as competições com normalidade”, referiu Tiago Paiva, ao jornal Bancada Central, no final de uma Assembleia-Geral extraordinária que ditou o cancelamento da atual temporada.

“Estamos já quase no fim de abril e nunca iríamos fazer a época que tínhamos proposto. Por isso, se calhar, é preferível esperar mais algum tempo e fazermos tudo direito tendo em vista a próxima época desportiva”, acrescentou o dirigente, que reforça a intenção da AFPCE em retomar, “num futuro próximo”, as competições “com todas as condições de segurança”.

Para fazer face às dificuldades financeiras que os clubes atravessam, Tiago Paiva garantiu “o maior apoio de sempre da AFPCE quando se retomarem as competições” e abordou o surgimento de uma nova sede social para a instituição, na escola do Monte, projeto que conta com o apoio da Câmara Municipal de Espinho e da Junta de Freguesia de Paramos. “É um protocolo histórico para a Associação, que pela primeira vez vai ter um espaço condigno para a sua dimensão”, assumiu o dirigente, ao Jornal N. O protocolo é válido para os próximos dez anos.

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AFPCE