De uns quartos de final da Taça PECOL em que o equilíbrio foi nota dominante, há apenas uma reviravolta para registo, a da AD Ovarense na receção ao FC Cesarense (2-1), consumada com golos dos dois defesas centrais 'vareiros', José Arias e Fandinho. “Quando o adversário consegue marcar bem os nossos atacantes, temos de tentar ajudar lá na frente. Foi o que aconteceu”, resume o autor do tento que decidiu a eliminatória, ele que, aos 34 anos, atravessou o Atlântico pelo desafio de jogar, pela primeira vez, em Portugal.

Apenas uma semana depois de ter vencido, por 0-5, em Cesar, para o Campeonato SABSEG, a AD Ovarense sentiu maiores dificuldades para tornar a bater o clube de Oliveira de Azeméis, num duelo que valia o acesso às meias-finais da Taça PECOL. “Até ficámos um pouco surpreendidos com a postura deles neste jogo, porque colocaram-nos muitas dificuldades. Foi um jogo totalmente diferente, em que tivemos poucas oportunidades, mas fomos cirúrgicos na hora de fazer os golos e conseguimos a vitória”, resume o jogador.

A 'remontada' ficou consumada com um golo de Fandinho, na sequência de um canto batido por Nuno Esgueirão. “Ele bateu no primeiro poste, uma zona que estou acostumado a atacar. Fui feliz, antecipei a saída do guarda-redes e consegui fazer o meu segundo golo com a camisola da Ovarense”, uma semana depois de se ter estreado a marcar pelos 'vareiros', também diante do FC Cesarense.

Com a temporada a entrar na sua fase decisiva, o experiente defesa central salienta que “ganhar a Taça de Aveiro seria um feito histórico”, ao mesmo tempo que garante que, “enquanto houver chances matemáticas de buscar o União de Lamas (líder do Campeonato SABSEG), vamos buscar”.

Dono de um currículo de respeito, com cinco subidas de divisão no Brasil e uma Taça da Lituânia, em 2021, pelo FK Panevezys, Fandinho mantém bem vivo o espírito de conquista, o mesmo que o levou a atravessar o Atlântico para disputar as competições da Associação de Futebol de Aveiro, que o surpreenderam pela “competitividade das equipas e a garra e a entrega dos jogadores”.

“É um campeonato bastante nivelado, com muitas equipas muito qualificadas. Não é tão simples assim uma equipa conseguir ser tão constante num campeonato tão difícil”, sublinha, enquanto reforça a intenção de poder “ajudar a Ovarense, uma equipa que está a crescer e que tem um projeto muito bom, a conquistar os seus objetivos”.

Fotografia
Rui Coelho | Associação Desportiva Ovarense