"Eterno" Tcherno Correia brilha pelo Always Young: "São as minhas filhas que me fazem continuar a jogar"

A primeira vitória da temporada do Always Young na 2.ª Divisão Distrital teve como figura principal Tcherno Correia, experiente jogador que, aos 39 anos, continua no futsal pelas duas filhas e pela paixão pela modalidade, que descobriu tarde, na sequência de um infortúnio da vida.

Nascido na Guiné-Bissau, Tcherno mudou-se ainda em criança para Portugal, juntamente com a sua família. Jogou futebol até aos 26 anos, quando um acidente de viação o obrigou a parar. “Recuperei bem e experimentei o futsal. É fantástico e muito mais vibrante”, diz, ele que continua rendido a uma modalidade que “teve uma evolução fantástica” nos últimos tempos, lamentando apenas não a ter descoberto mais cedo.

Quase quarentão, o fixo/ala continua a dar o seu melhor pelo Always Young, um clube que diz respeitar e que tem Hermes Fernandes como treinador, “uma grande pessoa, que me tem ajudado bastante”, conta Tcherno Corria. As suas duas filhas são a principal fonte de inspiração. “A mais velha sempre me viu a jogar futsal. Para onde quer que vá, elas vão comigo. São elas que me fazem continuar a jogar”, sublinha.

No último fim de semana, ajudou com três golos ao triunfo do emblema da Gafanha da Boa Hora diante do AC Luso, uma situação que, admite, “não é normal, mas devia ser”. “Sou um jogador que, isolado, tento sempre procurar o colega que está melhor colocado. Não é que finalizar não seja o meu forte, mas já vem da infância não querer ser aquele jogador egoísta. As pessoas dizem que tenho de chutar mais para fazer golo, mas tento sempre dar ao lado”, explica, mostrando-se feliz pela estreia a vencer no campeonato.

“Temos de trabalhar e de dar o nosso melhor, porque de certeza que esta vitória mudou-nos o chip”, acredita o jogador, que elogia um “grupo muito confiante e lutador”, que nunca vira a cara à luta, “pese embora os resultados negativos” que somou até aqui.

Aos 39 anos, Tcherno concilia a carreira no futsal com o trabalho como comerciante artesanal, que o leva, muitas vezes, a estar em pé cerca de 12 horas por dia. “É muito cansativo”, admite, mas a paixão pela bola acaba por falar mais alto e ajuda a superar as adversidades. No futuro, gostaria de visitar a Guiné-Bissau, aonde nunca regressou desde que se mudou para Portugal: “É um objetivo a cumprir, ir mostar às minhas filhas o país onde o pai nasceu. Não me recordo de muita coisa, mas é a terra mãe”.

GD Gafanha B foge no topo da Zona Centro
O Always Young venceu o AC Luso, por 6-1, para a Zona Sul da 2.ª Divisão Distrital, que continua a ser liderada pela AD Travassô, pese embora ter folgado na 4.ª jornada. Isto porque a ARCA empatou no pavilhão do CC Barrô (8-8), enquanto os Sub-23 do GD Beira-Ria derrotaram a ADRC Ribeira da Azenha por 8-1, com Tiago Avelino a completar um 'hat-trick'.

Na Zona Norte, a ACD Gião manteve a liderança isolada ao vencer, por 6-0, o CCDR Fundo de Vila, com Gonçalo Dapão e Fernando Costa a bisarem. Segue-se o Novasemente GD, que viu Pedro Pinho fazer um 'hat-trick' no triunfo por 1-5 diante do SC Silvade. A AD Couto Mineiro ganhou por 1-4 no pavilhão da ADEC Futsal e a AD Casal derrotou o GRC Dínamo Sanjoanense B por 5-2.

Por fim, na Zona Centro, o GD Gafanha B fugiu no topo da tabela após derrotar o SC Beira-Mar, por 5-1. Os aveirenses foram apanhados pelo Clube de Albergaria, que ganhou em Alquerubim por 0-5, na segunda posição, somando ambos nove pontos. Por fim, a ACR Vale de Cambra venceu a AJ Angeja por 4-3, enquanto GRC Telhadela e PARC B empataram 2-2.

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Always Young ADRC Gafanha da Boa Hora

1 de Novembro de 2023
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